Texto de Jeh Meirelles
Nossa, parece que foi ontem que uma pirralha era levada no colo com o seu uniforme completo ao Mineirão. Naquela época, era permitido cerveja, chuva de papel higiênico, sinalizadores, foguetes... Ah como foi perfeita a primeira vez que fui ao Mineirão e realmente pude conhecer o sentimento Clube Atlético Mineiro. Quando vi o estádio de longe, logo imaginei: “Um dia ainda vou trabalhar ali”. Ao passar pelo portão 9 e me deparar com aquele mar alvinegro, senti uma sensação única, pois é ali eu era batizada como atleticana! Como toda criança, fiquei admirada e devo isso ao primeiro homem da minha vida, aquele que me deu, logo que nasci, uma blusa, daquelas de feirinha, do GALO. Pois é... o que seria de nós, atleticanos, sem os nossos pais fanáticos?!
Os anos se passaram, aquela menininha cresceu e começou a ir sempre ao jogo. Tenho que confessar que já fui muito ao Mineirão sem meus pais saberem. Era falar que tinha festa na casa de amiga e juntar a galera para ir ao estádio. Mas sempre que eu pedia, lá estava aquele senhor barrigudo e com um sorriso meio engraçado me levando ao jogo. Quando íamos aos jogos na quarta-feira, sempre saíamos mais cedo e tomávamos um sorvete, mas para que? Quando chegasse lá na casa do GALO eu iria pedir tudo que visse na frente. Foi aí que meu pai e meu herói, me comprou algo novo ate então: O tropeiro! E fala sério, por que demorei tanto tempo para comer aquele tropeiro...
Sempre achei que se eu demorasse mais meio segundo para nascer eu seria um menino e tive certeza disso quando conheci pessoalmente o Guilherme. Eu era fanática por futebol, pelo GALO e era ali que estava meu futuro. Não! Não vou jogar bola quando crescer, vou fazer jornalismo, quero ser jornalista esportiva e entrar no campo do Mineirão. O Galvão que me aguarde...
Ah... Quantas aulas eu já matei para ir à sede esperar o time, ficar horas e horas e nada de nenhum jogador aparecer. Quantos amigos marias já perdi por conta do meu GALO. Mas voltando aos homens da minha vida e o GALO, não poderia deixar de falar do meu namorado. Graças ao GALO que o conheci, e lá vai o nosso time me fazer feliz. Por que conheci esse novo homem da minha vida no dia que meu herói saiu de casa e por algum motivo esqueceu das coisas que fazíamos quando ele era casado com minha mãe. É estranho você fazer tudo que sempre fez com seu pai e ver que ele não esta mais lá, mas nada na vida é em vão, pois hoje vou aos jogos com o meu amor e foi ele quem me levou em um dos jogos que mais me emocionaram na vida: a final do mineiro, o jogo em que o Marques fez aquele GOL nos últimos minutos e ovacionou a Massa! Graças ao Luís Guilherme, pude ver que até nos momentos tristes, podemos encontrar uma luz no fim do túnel. Amor, obrigado por ter sido a minha luz no fim do túnel (nossa, isso foi brega...rsrsrs)
Pode parecer sem nexo, mas vou voltar a falar do meu pai, pois no dia que pedi para o Fael que me deixasse escrever este texto, já fazia algum tempo que não via o jogo com o meu velho, quando de repente o celular toca e era meu pai! Ele estava me chamando para ver o jogo. Foi aí que vi que muitas coisas podem tentar separar uma família, mas existem coisas que nada separa, como o sentimento do pai para com uma filha e com o que o GALO pode nos trazer. Bom, o que quero dizer é: Obrigado aos homens da minha vida que sempre me apóiam e que estão, assim como o Galo, sempre ao meu lado. Obrigado pai, por ter me dado a honra de ser ATLETICANA. Obrigado GALO por te colocado no meu caminho o homem que me ensinou a dar valor às coisas simples e que tem me feito a mulher (se assim eu posso me chamar, por que as vezes acho que ainda sou uma menina que corre na rua para jogar bola) mais feliz do mundo! Ah, e não poderia deixar de agradecer também ao GALO de ter me apresentado amigos para o qual eu levo e levarei sempre comigo. Acho que nas fotos acima, dá para ver como o GALO me presenteou com pessoas maravilhosas.
Muito mais que um time, uma forma de VIDA!
O ser atleticano vai além do que o limite o impõe, ele vai até onde a força o pode levar, e de força e superação nós alvinegros entendemos muito bem!
Ah e só para constar, lembra quando falei que iria trabalhar um dia no Mineirão? Pois é... Fiz vestibular esse ano com o manto sagrado. Passei e vou começar a fazer jornalismo; vou ser jornalista esportiva e quem sabe um dia estarei lá no campo, como sonhei, entrevistando os atletas do nosso GALO.
GALO SEMPRE¹³
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