Torcida comunitária. Esse é o novo conceito de Torcida Organizada que a Galoucura vem implantando recentemente entre seus sócios. São atitudes simples, que vão desde doações de sangue, entrega de alimentos a moradores de rua, doações de roupas às vítimas de enchentes, de brinquedos para crianças carentes e até a orientação aos seus associados à não depredação de ônibus.

Como o Galo não tem usado seu poderio de convocar torcedores, a TOG o faz, e tem o aval e a adesão até mesmo de quem não é diretamente ligado à torcida.
Outro detalhe que tem tornado a torcida diferenciada são as cores, ou melhor, a cor. Se você é torcedor de carteirinha no Mineirão, e fica próximo à Galoucura, melhor ir vestido a caráter. Vá de branco. Essa é a nova idéia da direção da Galoucura, visando uma padronização e a caracterização da torcida como um “mar branco”.
A idéia não te atraiu? Melhor assistir aos jogos argentinos e dos países do leste europeu, onde o futebol tem sido um detalhe perante o show de cores bem definidas que vem das arquibancadas.

Claro que a mídia, sedenta de maçãs podres, prefere mostrar um lado onde poucos marginais desvinculam o foco principal da torcida. Para a imprensa é muito melhor câmeras de segurança no trânsito com cenas de poucos integrantes, do que a cena de crianças sorrindo em creches ao receber a visita dos integrantes que lhe trazem brinquedos.

E se autoridades proíbem faixas, bandeiras, entendendo que são um risco. Eles não podem proibir um grito, não podem restringir as palmas, não conseguem segurar os pés que teimam em sair do chão. E com isso o Show da Galoucura continua, passa a cavalaria, passam os homens que agridem para evitar transtornos, passa a imprensa carniceira, passam os críticos, mas GARRA, RESPEITO E DETERMINAÇÃO não há como apagar.

Parabéns Galoucura.
*texto de minha autoria, originalmente publicado no blog Nosso Galo.