Londrina 0 (4)x(2) 0 Atlético: Galo volta do Paraná sem a Primeira Liga
Por: Guilherme Peixoto
05/10/2017 - 12:42
O ano do Atlético ganhou mais um melancólico capítulo na noite desta quarta-feira. Encarada como “prêmio de consolação”, a Copa da Primeira Liga se transformou em mais uma das decepções colecionadas pelo Galo ao longo de 2017. Após um arrastado 0-0 no tempo normal, o Londrina fez 4-2 nos pênaltis e acabou conquistando o torneio.
Primeiro Tempo
O começo de jogo até passou boa impressão. A primeira ocasião de perigo foi criada por Alex Silva, em bom cruzamento rasteiro. Com o passar dos minutos, porém, o ritmo atleticano foi caindo gradualmente. Bem organizado em um 4-3-3, o Londrina apostava nos chutes de longe. Rômulo e Negueba fizeram Victor sujar o uniforme, enquanto Artur mandou para fora os dois arremates que tentou.
Lento e pouco criativo, o Galo tinha a posse de bola, mas não conseguia criar oportunidades de gol. Como o Londrina quase não oferecia contragolpes, o Atlético se deparou com um velho problema: as dificuldades na transição ofensiva. Sem que o time conseguisse fazer a bola chegar ao ataque, Fred acabou sendo um mero espectador da partida.
Aberto na direita, Cazares circulou muito para tentar atenuar a ausência de um meio-campista que fizesse o jogo fluir. Robinho, Adílson e Elias também foram acionados, mas sem grande efetividade.
Segundo Tempo:
Na segunda etapa, o melhor momento do Atlético foi com Valdívia, que quase marcou um gol olímpico. As dificuldades na construção permaneciam, então Oswaldo de Oliveira mudou a equipe. Para dar fôlego às jogadas de lado, Clayton e Marlone entraram nos lugares de Valdívia e Cazares.
Nos minutos finais, a dupla encaixou boa tabela perto do gol. Marlone chutou da entrada da área, mas a bola ganhou altura e foi parar na arquibancada. Rafael Moura, que substituiu Fred, teve pouco tempo para dar alguma contribuição.
Apesar de ter assustado em alguns lances isolados, os donos da casa moveram poucos esforços para mexer no placar. Morna e de baixa qualidade técnica, a final da Copa da Primeira Liga precisou ser definida na marca da cal.
Pênaltis: Galo vacila e Londrina é impecável
“Vai escolher o canto? Escolhe e bate com convicção”. Estas foram algumas das palavras ditas pelo técnico Oswaldo de Oliveira na reunião que antecedeu as cobranças. Fábio Santos e Robinho, primeiros batedores do Galo, pareceram entender com clareza o recado do treinador alvinegro. Pelo lado do Londrina, Jumar e Edson Silva marcaram.
Na terceira rodada, Ayrton colocou o Tubarão à frente, jogando a responsabilidade no colo de Clayton. O atacante acabou finalizando mal e facilitou a defesa de César. Depois foi a vez de Dirceu, zagueiro do Londrina, marcar. O erro de Rafael Moura deu números finais às cobranças, que terminaram em 4-2 para o time paranaense.
O título do Londrina, que havia levantado seu primeiro e único caneco nacional - a Taça de Prata - em 1980, coroa o bom trabalho de Cláudio Tencati. No clube desde 2011, o técnico levou o time da Série B do Campeonato Paranaense à “Segundona” do Brasileirão.
A missão de Oswaldo continua
Mesmo sem conseguir o título da Copa da Primeira Liga, a principal tarefa do Atlético continua sendo a obtenção do máximo possível de pontos no Campeonato Brasileiro. Em que pese a desconfiança do torcedor e o desempenho ruim em BH, o Galo volta ao Independência na próxima quarta, contra o São Paulo, com a obrigação de vencer e engatar dois triunfos seguidos na competição.
Ficha Técnica – Londrina 0 (4) x (2) Atlético – Final da Copa da Primeira Liga
Londrina: César, Lucas Ramon, Dirceu, Edson Silva e Ayrton; Rômulo (Marcinho), Jumar e Jardel; Negueba, Carlos Henrique (Safira) e Artur. Técnico: Cláudio Tencati
Atlético: Victor, Alex Silva, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Adílson, Elias, Cazares (Marlone), Robinho e Valdívia (Clayton); Fred (Rafael Moura). Técnico: Oswaldo de Oliveira
Árbitro: Bráulio Machado (SC)
Amarelos: Ayrton, Jardel e Negueba (LON); Adílson (CAM)