Afinal, qual é o seu maior ídolo no Galo? No quadro “Meu ídolo no Galo”, vamos entrevistar diferentes torcedores que são apaixonados (a) por determinado jogador do Atlético

No dicionário, quando pesquisamos pela palavra ídolo, encontramos as seguintes definições:

• substantivo masculino

1. imagem que representa uma divindade e que se adora como se fosse a própria divindade.

2. FIGURADO (SENTIDO) | FIGURADAMENTE pessoa ou coisa intensamente admirada, que é objeto de veneração.

Tratando-se dos 112 anos de história do Atlético, muitos atletas já passaram pelo clube, mas poucos são aqueles que foram dignos de serem chamados de Ídolos. Por tamanha adoração por um jogador, muitos torcedores já fizeram loucuras. Seja em uma viagem para conhecer o atleta, uma tatuagem, um fato marcante em sua vida. Coisas que só um fã é capaz de fazer.

Para começar o nosso quadro “Meu ídolo é Galo”, escolhemos quatro atleticanos(a) que são apaixonados pelo Dom Diego Tardelli. Confira abaixo, as loucuras de cada um:

A FÃ DE LAGOA DA PRATA:

Carine Xavier (27), atleticana de Lagoa da Prata, tem forte identificação com o atacante do Galo, uma paixão com muita representatividade em sua vida. “O Tardelli significa muita coisa pra mim. Mesmo sem saber, juntamente com o Galo, ele contribuiu para que eu mantivesse minha mente saudável durante uma das fases mais difíceis que vivi em 2009”, disse.

A jovem disse que nos momentos mais difíceis, quanto tinha crises de ansiedade, ela respirava fundo e dedicava o seu tempo ao Atlético com Diego Tardelli. “Eu colecionava fotos, salvava vídeos, no meu quarto tinha fotos dele e escudos pregados na parede, no guarda roupa, nos cadernos e álbuns do Orkurt. Enquanto eu me dedicava em conhecer a história e comemorar os gols dele, não pensava em coisas ruins. Por ser fã dele, hoje sou mais feliz”, afirmou Carine. 

Camisa do Dom Diego |

Perguntada sobre como está essa admiração após 12 anos, ela disse que o amor é mesmo. “Sinto o mesmo orgulho de antes. A admiração que tenho por ele só aumenta. Chorei demais quando ele voltou pro Galo, assistindo à sua chegada no aeroporto. Sabia o que significava isso pra ele”, disse Carine. Apaixonada pelo ídolo, sofreu demais com a lesão de Tardelli. E perdeu até noites de sono quando o atleta passou por cirurgia. Para o alívio da fã, ela recebeu até uma mensagem especial do Tardelli. “Agora estou ansiosa pelo retorno dele, e é claro, poder comemorar os gols e ter a certeza que assim como ele é mais feliz aqui, como ele disse quando voltou, eu também sou”, concluiu.

A FÃ QUE CONHECEU O SEU ÍDOLO:

Joanna Porto, moradora de Caetanólopis, é fanática pelo Atlético. Uma torcedora muito ativa nas arquibancadas e que não hesita em participar de tudo que envolva o Galo. De todos os jogadores, Tardelli é o que tem mais tem representatividade na vida dela: “eu não sei explicar, não sei falar. Sempre gostei do número 9 e o Tardelli é o número 9 (risos). Isso vem desde 2009, sempre fui admiradora da pessoa e da carreira dele no Galo”, ressaltou.

A atleticana relembrou um dos jogos mais felizes dela na arquibancada, o 2º jogo da Recopa de 2014, em que o Atlético venceu o Lanús pelo placar de 4 a 3 e conquistou o título internacional: “outra boa lembrança que tenho, é o do jogo da Recopa, no Mineirão. Eu fiz de tudo para ir naquela partida, o jogo foi marcado pelo 100º gol do Tardelli com a camisa do Galo. Eu consegui o ingresso e fui. Foi muito especial aquele jogo!”, relembrou com alegria. 

Joanna sempre postou homenagens para o seu ídolo, principalmente nos aniversários do Atleta. Carinho que foi notado pelo jogador que chegou até a seguir ela de volta e parabenizá-la também: “em um dos aniversários dele, eu postei meus parabéns pra ele, quando fui ver, ele me seguiu de volta, até pensei que era um perfil falso, mas não, era o perfil oficial do Tardelli. Inclusive, teve até uma vez que ele me deu parabéns também”, relatou a atleticana. 

Quando o Tardelli retornou para o clube, isso em 2020, a atleticana foi surpreendida com um convite de seu ídolo, que à convidou para que ela assistisse um treino dele no CT do Galo: “No início de 2020, antes da pandemia, ele me convidou para que eu pudesse assistir um treino lá no CT do Atlético e eu fui. Levei o meu melhor amigo (Gabriel), que pôde entrar comigo e assim assistimos ao treino”, disse Joanna.

O autógrafo do ídolo |

Ainda sobre esse dia, ela relembrou: “não tenho palavras para explicar aquele momento”. Joanna passou por três internações e garante que o encontro com ídolo salvou a vida dela. “Ele foi super gentil comigo, me chamou pelo meu nome e autografou a minha foto que tenho dele, pude também tirar uma foto com ele, enfim... ele é sem palavras. Realizei algo que nem sonhava que iria acontecer um dia”, contou a atleticana realizada.

A ATLETICANA DA TATTOO:

Flávia Rodrigues (23), de Belo Horizonte, começou a acompanhar a carreira do Tardelli antes mesmo dele se tornar jogador do Galo. Em 2008, ela já tinha uma certa feição pelo jogador, quando ele ainda vestia a camisa do Flamengo. Já em 2009, quando ele veio para o Galo, aí que a feição se tornou “amor à primeira vista” ou a segunda, né? como ela mesmo disse em nossa conversa. Um amor que resultou em tatuagem em homenagem ao Dom Diego.

“Apesar de ter feito uma tatuagem dele, eu nunca encontrei o Tardelli pessoalmente. Quando o Atlético foi campeão da Libertadores em 2013, o Jornal O Tempo lançou uma revista especial em comemoração ao título conquistado pelo Galo. Na revista, tinha algumas descrições dos jogadores com o autografo de cada um. Com isso, peguei essa pagina, mostrei para o meu tatuador e falei ‘quero fazer isso daqui’. O tatuador conseguiu selecionar apenas a parte do autografo e enfim, eu fiz (risos)”, contou a  atleticana.

Mal ela sabia, que a tatuagem teria tamanha repercussão: “quando eu publiquei no Twitter, a foto teve uma repercussão gigantesca, onde o Tardelli ficou sabendo e gravou até um vídeo pra mim e foi veiculado na TV Galo”. A foto chegou ao Tardelli graças ao Fábio Pinel, assessor de comunicação do Atlético e apresentador da TV Galo. Outra situação que aconteceu, é que no aniversário da Flávia, ela pediu para o ídolo uma mensagem de parabéns e o Tardelli enviou um vídeo muito especial. 

Flávia disse que esse carinho pelo Diego vai além do extracampo: “ele é fora de série, o carinho que ele tem com cada fã, mostra que tem um bom coração de sempre querer ajudar”, concluiu.

COM O ÍDOLO ATÉ NA CHINA:

Conversamos com Rodrigo Assis (42), atleticano de Belo Horizonte, que teve uma experiência no mínimo ousada para que pudesse conhecer o seu ídolo.

Em 2015, o engenheiro foi trabalhar na China e ficou lá por três semanas. O destino era Jinan, mesma cidade onde o Shandong Luneng jogava, ex-clube de Diego Tardelli.  “Com isso, fui pesquisar os jogos do time e por sorte, teve um jogo em um dos finais de semana que estive por lá. Descobri também que iria ter um jogo treino no CT, antes do jogo oficial. Fui lá ver...”, contou o atleticano.

Na mesma época, o Cuca, ex-treinador do Galo, era o treinador do Shandong que chegou a ver o atleticano na arquibancada e o seu ídolo Tardelli também. Ambos, surpresos ao verem um Atleticano na China. Com isso, o Rodrigo falou que queria conversar com eles no final do treino e isso foi possível de ser realizado. “Falei com eles que queria conhecê-los, pegar um autógrafo... durante o treino, o intérprete me procurou e disse que eu poderia ir dentro do CT para conhecer os jogadores. Estavam lá também outros jogadores brasileiros, mas nem liguei muito, meu foco era o Tardelli. Enfim, ele chegou e ficou batendo papo comigo. Falou um pouco da vida na China e da certeza de voltar para o Galo um dia”, afirmou Rodrigo.

Sobre o jogo oficial do Shandong, Rodrigo contou sobre a surpresa dos orientais ao verem o modo brasileiro de torcer. “Os caras da torcida organizada do Shandong queria que eu ficasse no meio da torcida deles e fazendo farra fora do estádio. O chefe deles foi entrevistado para a TV local comigo do lado. Fui tirar uma foto com eles e pedi para um segurar a bandeira, o chinês entendeu errado e autografou a bandeira (risos). Foi muito bacana a experiência, principalmente por ter conhecido o Tardelli, mas precisei ir lá para o outro lado do mundo” concluiu aos risos .

Esse foi o primeiro “Meu ídolo no Galo”. Cada matéria, um jogador histórico diferente. Tem uma história inusitada com algum dos nossos ídolos? Entre em contato. Um abraço!