O Atlético terminou o ano de 2009 vendo o título e a vaga na Libertadores indo pelo ralo. A torcida protestou em tom de decepção, mas a esperança de um 2010 melhor, com Vanderlei Luxemburgo, foi a água na fogueira de qualquer reclamação.
O mês de março batia à porta e, até então, o único murmúrio na torcida era quanto à atuação dos goleiros. Veio então o lançamento dos uniformes 2010 e uma camisa rosa, causou uma tsnumani de reclamações por diferentes motivos. O número de vendas, quem comprava, o marketing, de quem foi a decisão, tudo isso era discutido ferrenhamente entre torcedores e rebatido pelo clube, através da imprensa.
A batalha do rosa foi se estendendo enquanto poucos se preocupavam com a qualidade do time. Luxemburgo fazia testes com desconhecidos, mandava demitir fulano porque não se encaixava no perfil do time, pedia pra trazer ciclano para achar um perfil, enquanto a diretoria rebatia e questionava pouco, ao contrário das notícias da camisa rosa.
O Campeonato Mineiro chegou ao fim e sua conquista foi quase um ponto final para o assunto camisa rosa. Ninguém analisou a classificação suada com o América, os jogos difíceis com o Democrata e a final contra um Ipatinga que mostraria seu futebol pouco tempo depois, na lanterna da série B.
Foi então que o Campeonato Brasileiro nos deu um real motivo para terror e agito. Passamos da metade da competição e durante quase todas as rodadas, estivemos entre os quatro piores. Não temos time definido, não temos esquema, não há um mínimo de evolução a cada jogo, não há entrega e demonstração de vontade por parte dos jogadores em sair disso.
No próximo ano, não sei em qual divisão estaremos, mas que aprendamos com essa lição sobre prioridades. A camisa rosa não perdeu gols, a camisa rosa não atrasou em treinos, a camisa rosa não prometeu nada.
Dois mil e dez chegará ao fim e a camisa rosa também. Se comissão técnica e jogadores continuarem no caminho que estiveram até aqui, usaremos novamente aquela camisa preta que não causou polêmica e fez muito sucesso em 2006.
Vamos jogar Galo ou então “Vamos subir Galôôôô”.
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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