Quando é chegado o dia de vencer, pode chover pedra, cometa ou estrelas, mas nada tira a vitória. Até a lua apareceu para matar a saudade do sabor que tem a vitória atleticana. Ficou ali, tensa, às vezes tampando a face com uma nuvem para não ver como terminaria o ataque adversário.
Quando é o dia da vitória, a bola pode não estar cheia, assim como a lua, a bola pode encontrar a chuteira do zagueiro em cima da linha, a bola pode quicar e enganar o atacante, mas a bola faz o que a lua manda. E a lua quis a vitória alvinegra.
O futebol e a lua foram crescentes. Quem não percebeu que esse era o dia da vitória, talvez
tenha acelerado o coração quando a bola saiu da marca da cal, beijou a trave e resvalou no goleiro, antes de abraçar as redes. Porém, quem sabia do dia da vitória, percebeu a lua brincando com nossas emoções e aproveitou o momento para divertir-se.
A lua não tem ouvidos e por isso os apitos errôneos do árbitro passaram despercebidos. A lua tem coração e ontem ele foi alvinegro. No último lance, quando o goleiro precisou fazer uma defesa milagrosa, ela sabia que ali já não podia interferir, então pediu ao seu vizinho no céu. E ele resolveu. Que defesa!
Confirmada a vitória, meu olho brilhou. Fingi ser o reflexo do brilho lunar, mas não era. Esse é o brilho de quem tem a certeza que novos tempos estão por vir, de quem confia no Galo e vai lutar até o fim com a ajuda de tudo e todos. Com a força da Massa!
Pobre lua... Foi dona de toda essa festa e quem verá as ruas ficarem alvinegras é seu amigo sol, já que, pela manhã, uma, duas, três, milhões de camisas atleticanas receberão um beijo logo que o dia raiar. Mas ela prefere assim, uma vez que o céu estará azul e essa não é a cor preferida da lua. A lua vive em um tapete alvinegro, com pontos brilhantes na cor branca. A lua é alvinegra!
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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