O presidente Alexandre Kalil foi reeleito com 235 votos, na última quinta-feira, na Sede de Lourdes. Surpresa pra você?
A reeleição segue na contra mão da democracia, pois para um político não se reeleger após um mandado de três anos é bem difícil, já que durante o exercício da sua função fez parcerias suficientes para isso. Essa história de reeleição é para pessoas corajosas, uma coisa que nós brasileiros não somos.
Pense bem, você está casada com um homem há três anos, ele não é nenhum príncipe encantado, mas te trata bem, cuida dos filhos e ainda coloca dinheiro em casa. Você o trocaria por um galã de dezoito anos, cheio de promessas, e colocaria em risco sua estabilidade?
O Kalil não foi reeleito porque é o melhor, foi reeleito porque o desconhecido dá medo e já estamos acostumados com seu jeito arrogante e suas manias, assim como acostumamos com uma toalha molhada em cima da cama.
Os clássicos do cinema mundial também adotaram a continuação dos filmes como forma de manter o público e geralmente os dividem em partes. Porque escrever uma história com antigos personagens é bem mais fácil que trocar o elenco.
A nós, agora esposas e telespectadores desse antigo filme, só nos resta rezar para que o marido passe a estender a toalha e o filme passe a ter um final feliz.
“Vamo” que “vamo”...
