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O Galo encerra sua participação no Campeonato Brasileiro nesse domingo, mas terá uma nova decisão pela frente, ainda em dezembro. A disputa dessa vez é pela cadeira de Presidente do Clube Atlético Mineiro.
E se o esporte nos presenteia com o ditado que futebol é uma caixinha de surpresa, esse mesmo ditado se encaixaria muito bem nas atitudes dos atuais candidatos. Alexandre Kalil, Irmar Campos e Fred Couto são ofuscados pelo momento que vive o Atlético (e seu adversário), mas todos eles já estão com um olho além desse domingo.
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Irmar Campos começou como bom mineiro, falando em companheirismo, amizade e deixando claro que não era oposição. Quem demonstrava algum ânimo era o candidato a vice, Fabiano Lopes, mas como em uma briga de rua, esse era contido pelo calmo Irmar. Em determinado momento, a candidatura da dupla cheirava a desistência, devido à ausência de propostas e ausência na mídia. O silêncio foi quebrado no dia 24 de novembro em uma coletiva, ainda sem muitas propostas, mas com denúncias graves que vão de adiantamento absurdo na cota de televisão a questões trabalhistas que envolveriam investigação da Polícia Federal. Não se sabe o que motivou a dupla a soltar as acusações na semana de jogos decisivos e onde teria ficado o termo de “oposição-amiga”, mas alguma conversa (ou falta dela) não agradou Irmar Campos e Fabiano Lopes.
Porém, a chapa deve amargar a lanterna nessa eleição. Não oferecem perigo aos outros candidatos e tudo que fizeram nessa reta final foi dar trabalho à assessoria do Presidente Alexandre Kalil. São denúncias sérias e devem ser investigadas, mas se já sabiam dos fatos e só revelaram agora, com interesses pessoais, devem ser esquecidos após essa eleição.
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Fred Couto é o candidato que pode angariar votos do atual Presidente. Tem poucas chances e sabe disso, mas, sempre com um sorriso no rosto, Couto decidiu ganhar os torcedores, de forma que esses pressionassem a atual diretoria. Fez uso de redes sociais, atleticanos segurando faixas com seu nome na arquibancada e conversou diretamente com representantes de torcidas. Porém, essa é uma eleição onde torcedor é mero expectador e não influencia em nada o resultado final. Quem decide é o Conselho, e esse não escolhe seu voto por tabela de campeonato. Todos sabem que tapinha nas costas, influência de empresários e ex-presidentes ainda pesam na balança e Fred perde nesse quesito para Alexandre Kalil.
Como bom candidato que ainda sonha com uma zebra, Fred atende muito bem a todos os torcedores que o procuram. Será que tanta recepção continuaria após uma vitória? As propostas de Fred Couto são as melhores, mesmo que muitas delas dificilmente fossem cumpridas nos três primeiros anos, então resta torcer para que o vencedor as coloque em prática, independente de quem seja o homem a herdar a cadeira de mandatário.
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Kalil já não é o mesmo de 2008. Não precisa bater em ninguém, não precisa prometer nada. Como o “Lula metalúrgico” que tornou-se o “Lulinha paz e amor”, Kalil economiza nas piadas, na voz grossa e nas declarações polêmicas. Chega a lembrar os candidatos que dispararam em pesquisas eleitorais e sequer vão aos debates finais. Sabe que ficará com, no mínimo, 70% dos votos e por isso assiste o jogo de domingo, mas já planeja o trabalho para 2012. Trouxe jogadores de nome, acertou em alguns e errou em quase tudo. Brigou para não cair durante 2 anos e viu sua popularidade entre torcedores despencar. Um possível rebaixamento do Cruzeiro levaria as atenções da torcida para o rival e Alexandre trabalharia com menos pressão. Resta saber se ele realmente aprendeu com os erros de 2010 e 2011. Se aprendeu ou não, o segundo mandato é uma batata-quente que ele faz questão de segurar.
Chegou a citar um projeto de sócio-torcedor em 2012, já com o Independência, e caso faça, será um pequeno passo para aproximar-se novamente daqueles que o carregaram na sua última vitória; os atleticanos.
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Que o vencedor traga títulos, respeito e possa administrar o Atlético com competência, sem vaidades, sem colocar interesses pessoais acima dos interesses do clube. Lembrem-se que a Massa ainda é o maior patrimônio do Galo e merece ser feliz nos próximos 3 anos. Os atleticanos estarão com aquele que trazer a maior das contratações, o respeito à camisa do Clube Atlético Mineiro.
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
