O “Galo do Gallo”: as primeiras caras novas de um Atlético diferente

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16/12/2017 - 17:26

colaborou Raí Monteiro, do blog Taticamente Falando

O torcedor do Atlético já conhece os primeiros reforços do clube para 2018. Trata-se da dupla Arouca e Samuel Xavier. Enquanto o primeiro chega do Palmeiras, o segundo estava no Sport Recife. Ambos assinaram contrato de empréstimo por uma temporada.

Além deles, há o atacante Érik, também ex-palmeirense, cuja cessão já foi confirmada pelo clube paulista. Vale ressaltar que o Atlético, no entanto, só irá assegurar a contratação quando o vínculo já estiver assinado.

Capitaneado por Alexandre Gallo e Oswaldo de Oliveira, o Atlético quer apagar a má impressão deixada em 2017. Conheça um pouco mais sobre as caras novas do Galo:

Arouca

Aos 31 anos, o volante Arouca chega ao Atlético após um 2017 conturbado. Atrapalhado pelas lesões, o ex-palmeirense disputou apenas alguns minutos de uma partida oficial no ano. Em três temporadas no Palmeiras, Arouca entrou em campo 62 vezes.

O volante chega para tentar preencher uma lacuna no elenco alvinegro: o meio-campista de “controle”. Desde a saída de Rafael Carioca, o Galo sente a falta de alguém que consiga cadenciar e tranquilizar o jogo. Para o jornalista Raí Monteiro, do blog Taticamente Falando, e que acompanhou de perto o ano palmeirense, a contratação de Arouca pode sinalizar a adoção de um tripé no centro do campo. “Talvez o Oswaldo aposte na opção do 4-1-4-1, com Arouca à frente da zaga, mais Elias e Adílson como ‘interiores’”, comenta.

As poucas aparições nas últimas temporadas tornam Arouca uma incógnita. A expectativa é que o volante retome os bons momentos vividos nos tempos de Santos e Fluminense. ‘Não vejo o Arouca como potencial para ser titular, mas pode ser uma boa opção para mudar a cara do time, caso o Oswaldo opte por dois volantes mais fixos, com ele ao lado do Adílson”, opina Raí.

Além dos veteranos Elias, Adílson e Arouca, o Galo conta com os jovens Gustavo Blanco e Yago no setor. Ainda há o polivalente Roger Bernardo.

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Cria da base do Fluminense, Arouca passou por São Paulo, Santos e Palmeiras. (Foto: César Greco/Fotoarena)

Samuel Xavier

O grande momento do lateral-direito Samuel Xavier, de 27 anos, se deu em 2015. Após se destacar na conquista da Copa do Nordeste, o defensor trocou o Ceará pelo Sport, onde logo assumiu a titularidade. O poderio ofensivo e a velocidade de Samuel Xavier foi fundamental na boa campanha do Leão no Brasileirão daquele ano.

Em 2016, o lateral manteve o bom nível, mas as dificuldades no momento defensivo ficaram mais evidentes. Mesmo assim, Xavier continuou intocável na equipe, que foi dirigida por Oswaldo de Oliveira durante boa parte da temporada.

Neste ano, a má fase do Sport fez com que o lateral fosse muito contestado. Os problemas defensivos fizeram o jogador terminar 2017 na reserva de Raul Prata. Em 95 aparições pelo clube pernambucano, ele distribuiu seis assistências e marcou um gol.

Homem de confiança do treinador atleticano, Samuel Xavier chega, a princípio, para ser a “sombra” de Marcos Rocha. No entanto, muitas especulações rondam o futuro do camisa 2, o que torna incerto o futuro da ala direita alvinegra.

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Lateral-direito, Samuel Xavier fica no Atlético até o fim de 2018, por empréstimo. (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

Érik

O empréstimo do atacante Érik ao Atlético foi confirmado por Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras. O Galo, contudo, tem a política de anunciar reforços apenas após os exames médicos e a assinatura do contrato.

Rápido e ousado, Érik foi o grande destaque do Goiás por dois anos. As boas temporadas com a camisa do esmeraldino levaram o atacante ao Palmeiras. Atuações irregulares em 2016 e a grande concorrência no setor ofensivo, contudo, fizeram o jovem ter poucas oportunidades na última temporada. Foram apenas 14 jogos, sendo seis deles como titular. O atacante não balançou as redes no ano.

“Érik pode jogar pelos lados ou também como referência no comando de ataque, como utilizado pelo Cuca em alguns momentos da campanha de 2016”, diz Raí Monteiro, dando ênfase ao caráter polivalente do jogador.

Para o jornalista, o número elevado de opções para o ataque impediu que Érik tivesse oportunidades em sequência no Verdão. “Muita gente disponível atrapalhou a sequência dele, tanto pelos lados quanto centralizado”, explica.

Como Fred é o dono da grande área atleticana, a tendência é que Érik seja utilizado nas pontas. Ele chega ao Galo para dar velocidade ao time, característica que jogadores como Marlone, Clayton e Valdívia não conseguiram fornecer ao longo de 2017.

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O driblador Érik chega para dar velocidade ao Atlético. (Foto: César Greco/Fotoarena)