Edson e Juninho são nomes que fazem arrepiar a coluna do torcedor atleticano pelas atuações que tiveram no Galo. Por 2 anos a torcida cobrava da diretoria um goleiro que ao menos lembrasse os dias de Diego Alves, até então, o último goleiro que transmitia confiança à torcida.
Aranha chegou do jeito que o atleticano sonhava, mas saiu do gol do jeito que não queríamos. Bastaram algumas falhas e a contratação de Carini para que a torcida crucificasse (injustamente) Aranha. Como o assunto hoje é o uruguaio, deixemos para uma outra ocasião a narração desses dias para Aranha.

Quando Kalil anunciou que o vôo 1648 da Gol traria Carini, goleiro da seleção uruguaia e com passagem na Juventus, Internazionale de Milão, entre outras equipes, o problema estava resolvido. Apesar da reserva na Espanha, não era necessário experiência ou teste, pois estava ali um goleiro acostumado à pressão de grandes times.
Após a sequência de pequenas falhas do aracnídeo, citadas acima, lá estava Carini com a camisa titular do Atlético, onde passaram diversos nomes que ficaram gravados nessa história centenária. Um rosto sério, um uniforme todo negro e boas atuações no início, fizeram dele um ídolo por antecipação.

E antecipado também foi seu posicionamento no gramado. O goleiro falhou em alguns jogos; não da forma clara e atrapalhada como Aranha, mas mostrou que debaixo das traves atleticana mora um fantasma que teima em não sair.
Após a série de derrotas no fim do Campeonato Brasileiro de 2009, o início de 2010 com um frango memorável e uma pequena lesão, Carini saiu e Aranha retornou ao gol atleticano. Apesar da média alta no Galo (19 jogos e 30 gols sofidos), a carreira de Carini é grande demais para um banco de reservas? A presença do jovem Renan Ribeiro e a contratação de Marcelo são sinais de um fim antecipado no contrato que iria até o fim de 2011?
Um elenco forte e que disputará diversos campeonatos, no confuso calendário brasileiro, precisa de experiência e jogadores acostumados a serem campeões, e o currículo de Carini conta com tais qualidades. Porém, com a chegada de Méndez, o excesso de estrangeiros no time pode levar Carini a uma ausência dos gramados deixando-o suscetível a qualquer proposta de outro clube.
O homem do uniforme negro mostra que qualquer um que passar naquele pedaço de chão onde não nasce grama verá a curta distância que passou a existir entre o céu e o inferno.
Carini não teria chegado a grandes clubes e a seleção de seu país se não fosse um ótimo goleiro, então a conclusão que chegamos é que Carini é o goleiro certo, no ano errado.