E claro que se isso acontecer, como nos outros anos, se for feita a vontade da imprensa, ela ficará neutra, como se nada acontecesse.
Mas nos tempos de internet, os manipuladores da mídia perderam um pouco de poder e influência sobre o povo, e nem sempre conseguem esconder todas as maracutaias de bastidores.
Desde que um time comece a falar e se revoltar com as atitudes, um holofote estará ligado para as ações do homem do apito em seus jogos. O presidente Alexandre Kalil é de uma atitude espontânea, e nunca deixa de falar o que deve, doa a quem doer, mas dentro de campo é preciso alguém que comece a se tornar líder, antes que o barco afunde.
Durante o jogo uma pressão no árbitro não ganha jogo, mas ajuda a pelo menos puxar as câmeras e comentários para suas atitudes.
E se não acordar a arbitragem, é preciso que pelo menos o time se sacuda com a voz do líder em campo. Há vários tipos de liderança dentro do gramado, os que gritam com o time, com os árbitros, se identificam com o clube e são capazes de dar a vida por um jogo, como foi Gallo no período que atuou no Galo.
Há também os que conseguem passar respeito só com o olhar, são frios e com poucas palavras conseguem passar para todos o que é preciso, como fez Gilberto Silva.
Afinal nem sempre falar muito e falar alto é sinal de liderança, pois vi muitos que dominavam o microfone, mas não dominavam sua equipe, como deve fazer o bom capitão.
Da atual equipe Renan é quem mais tem o espírito de liderança, mas como perdeu seu lugar no time, Márcio Araújo assumiu a braçadeira de capitão. Márcio é quem está a mais tempo na equipe, mas não é um jogador de atitude e não tem falado muito em campo com seus companheiros e com os juízes que teimam em errar contra o Galo.
É preciso ter a frieza de um Werley, a emoção de um Welton e a experiência e respeito de um Ricardinho para se ter um capitão perfeito em campo.
Os nomes que seriam impossíveis para o posto, são os dos sulamericanos contratados rescentemente, Carini, Renteria e Benitez, pois apesar da tradicional fama de atitude dos jogadores de seus países, os mesmo ainda sabem pouco do português.
Deixo o problema com Celso Roth, que é quem decide quem fica com a braçadeira.
O navio só não pode ficar abandonado, pois muitos piratas no passado já nos impediram de chegar ao tesouro final.
Com berros, com atitudes ou com liderança, o Galo precisa de alguém no comando do navio alvinegro, pois no fim dessa viagem há uma taça para ser levantada.