O MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS (PARTE 1)

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12/12/2014 - 23:49

upf - O MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS (PARTE 1)

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Se lhe entregassem papel e caneta, o que você escolheria para desenvolver um roteiro que envolvesse milhões de pessoas? Alguém, em algum lugar, olhou para o Clube Atlético Mineiro e percebeu que ali existia algo especial para o projeto digno de dar inveja a Hollywood. Passo a passo, detalhe por detalhe, tudo foi se encaixando para a construção de um período que será lembrado por gerações. A escolha não poderia ser melhor – o clube dono de feridas que precisavam ser cicatrizadas e que sempre viveu cercado por paixão, tornando esse amor incondicional uma marca típica de sua gente.

Take 1... Gravando.

Sendo assim, naqueles dias, havia ares de guerra civil e o povo se rebelava como nunca havia acontecido. Muitos prometeram não pisar mais nos campos de batalha, acusando a própria bandeira de alta traição. Nem mesmo o título invicto pôs fim àquele ambiente desconhecido até então para os Alvinegros.

O diretor foi criativo ao buscar um dos melhores do mundo naquele momento. O herói bombardeado em todo o país, caindo com um simples par de chuteiras em uma verdadeira guerra e prometendo a paz. Talvez ele também estivesse vivento o roteiro inimaginável dele, aquele lema do herói que inflama a multidão com uma simples frase.

- Eu vou com vocês até o final!

A escolha do cenário seria fundamental para criar um ambiente único e com frases marcantes. “Horto”, para rimar com “morto”! O diretor não esqueceu de absolutamente nada.

Tivemos cenas clichês. O menino da casa que aprende com o gênio, injustiças que renderam uma vitória emocionante contra o adversário direto no campeonato para provar quem era superior sem a interferência do apito. Além de outra virada sobre o velho saco de pancadas para justificar o nome do filme em cartaz – “LIBERTADOS!”.

E quando o público achou que a obra terminava ali, veio a classificação para a principal missão do ano seguinte. Aplaudi de pé quando o soldado famoso por sua metralhadora vestiu a farda preta novamente e prometeu – “Agora o bicho vai pegar”.

Não havia ninguém melhor para invadir outros países do que aquela gente. O exército brasileiro invejou a multidão cravando a bandeira no centro do obelisco com tamanha facilidade, tomando o espaço aéreo, fronteiras e convertendo estrangeiros a soltarem o grito de “Galo”. Não era necessário legenda.

Estava fácil demais. Não havia resistência alguma. Então os responsáveis por tornar a jornada inesquecível se lembraram de que Rocky Balboa também precisa cair para que a vitória se torne diferenciada. E o cruzado de direita acertou o maxilar em cheio. Bastou apenas uma derrota, a primeira derrota, para que apontassem o adversário como favorito. Agora já não era permitido errar. Quem errasse, estava fora.

É verdade que as conquistas passadas do outro lado deviam ser respeitadas. Eles a exibiam como armas para intimidar os guerreiros que não possuíam tantas patentes, mas que estavam tomados por imensa coragem diante do sonho de serem libertados. Bastava um grito como o de William Wallace para que as patentes fossem engolidas por quem insistia em lutar com toda a raça para vencer. Nesse caso, o William tinha o rosto coberto pelas cores preto e branco e o grito de liberdade foi substituído por um “Aqui é Galo, porra!”. Nosso Wallace também não morreu. Não pediu clemência. Pediu apenas um gole d’água para levar seu exército até a próxima batalha.

CONTINUA...