O Pequeno Príncipe é uma linda obra de Antoine de Saint-Exupéry, de 1943, mas vive uma releitura adaptada em Minas Gerais, desde 2010.
Assim como na escrita de Antoine, o Pequeno Príncipe Mineiro não vive no mundo da lua, apesar de usarmos essa expressão constantemente para suas ações. Ele vive em um mundo solitário, onde pensa ouvir o que lhe pedem, mas não ouve, pois não há mais ninguém em seu mundo. O Pequeno fechou as portas do seu planeta e o transformou em uma empresa, e, coincidência ou não, seu mundo não brilhou mais. Quando precisa do seu povo, ele vai até o microfone, pega uma estrela e viaja pelo universo, convocando a todos para salvarem novamente o planeta.
O Pequeno Príncipe Mineiro está perdido e sua única companhia é uma rosa, mas não estamos falando da camisa que traz essa cor. Na nova versão, a rosa é interpretada por um diretor, que é como a rosa de 1943, orgulhosa, vaidosa, com a sensação que é dona de tudo aquilo que a cerca, sem a necessidade de assumir e corrigir seus erros. Pensando que seu nome a protegeria, fez o que quis, e quando errou, não se preocupou, pois tinha o Príncipe para assumir seus erros.
O Pequeno Príncipe Mineiro tem um mundo só seu, e, talvez, tenha dinheiro para comprar
outro, mas o que ele quer, já não está ao seu alcance. – A confiança. E a confiança não pode ser conquistada com voz firme em microfones, nem com dígitos em contas bancárias. A confiança é como uma estrela engolida por um buraco negro.
Esse planeta era conhecido pelo sentimento que o cercava e hoje querem rotulá-lo pelos dígitos. Talvez esteja faltando ao Príncipe, sentir um pouco do cheiro da terra de seu planeta, aqui chamada de arquibancada.
E no livro de Antoine de Saint-Exupéry, o Pequeno Príncipe encontra-se com uma raposa (quanta ironia) que lhe diz algo que vale à pena ser repassado ao Pequeno Príncipe Mineiro – “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. E o animal que não é bem-vindo nesse planeta diz ainda - “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – Então lhe pergunto, o que tens cativado nessa população que já viveu ao seu lado?
Não é preciso dizer mais nada, Pequeno Príncipe. Entenda!
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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