Até mais acarajé baiano! Tchau, tchau café paulista. Foi um prazer, ter conhecido essa feijoada carioca. Mas, de hoje em diante o pão de queijo é a minha paixão.
Pra falar a verdade, sempre fui mineiro e nunca soube. De dentro do avião já sinto o calor desse povo, já ouço uma nação cantar, já vejo uma bandeira a tremular.
Parece uma torcida fanática, mas confiro o jornal e não há jogo algum nesse sábado. Essa turbulência leve no avião vem daquele bumbo, vem daquele garoto gritando meu nome logo ali.
Pousa avião! Pois nessas montanhas é onde vivo agora.
O povo do norte tem seus traços físicos marcantes, os do sul também, mas esses aqui tem a cara de quem os honra.
Volte sem mim aeronave, e diga aos quatro cantos do Brasil que fico por aqui. Volta e diz que se não sou o melhor jogador do mundo, hoje sou o mais feliz desse "planeta futebol".
E essa festa mineira, eu quero nas arquibancadas, eu quero nas ruas, pois de certa forma eu estarei por lá. Digo isso porque hoje achei uma torcida que é a minha cara, que é a minha raça, que é como o Obina deixando as tristezas chorando em outras épocas, e iniciando cada dia com um sorriso.
Não abram passagem, pelo contrário, fechem os caminhos. A torcida é meu lugar, a felicidade que aqui reina é a que eu quero levar para os campos.
Fechem os caminhos, pois quando der a hora de ir, irei treinando já os dribles que pretendo entortar as defesas adversárias.
Me despeço dizendo mais uma vez: Não sou o melhor do mundo, não sou quem resolverá todos os problemas no futuro, não sou a solução mágica para a taça, mas lhes garanto que hoje sou Obina, um atleticano autêntico das Minas Gerais.
Ainda hoje publicaremos o vídeo completo com a chegada de Obina e o resultado da missão.