Abram passagem. O terror chegou. Obina destruidor.
Destruidor de defesas adversárias, destruidor de desconfianças, destruidor de arrogância alheia, destruidor da tristeza. Obina é alegria pro seu povo, é sinal que a Massa irá levantar e o adversário irá cair. E o que derruba os adversários é seu largo sorriso, e quando esses amolecem, lá vem mais um torpedo de Obina. É assim com time de menores expressões ou com os maiores do mundo, pois esse é mais um discípulo do ensinamento de Dadá Maravilha, que dizia: "Não existe gol feio. Feio é não fazer gol."
Obina é como o rock. É pedreira! É dor de cabeça pros adversários que tremem com cada nota afinada que sai de sua chuteira.
Obina é samba. É malandro no drible, tem total domínio com os pés. É o som do povo. Como diriam os cariocas: "É 'experto'!".
Obina é funk. Tem ginga. Você acha que ele irá pela direita e ele já está na esquerda, driblando até mesmo seus olhos.
Obina é sertanejo. O som típico de Minas Gerais, afinal esse já é mineiro. Convertido por uma Nação Atleticana que o carrega desde quando ele pisou nesse solo. Aliás, ele não pisou. Obina foi carregado.
E a cada gol, o silêncio aumenta. Sim! O silêncio aumenta, quando chega a rouquidão, afinal não há voz que aguente tanta comemoração de gol. A rede balança e mais uma vez ouvimos a trilha para o homem dos mil sons. Abram passagem o terror chegou. E terror não é o apelido que pegou, já que nas cabines de rádio, os narradores participam do folclore Obina com outros mil nomes e versos.
Tudo isso torna-se um ritual. A música, os narradores deixando a voz dentro da rede e Obina que corre para abraçar o time. Após o agradecimento aos companheiros, vem o beijo no escudo do Atlético e é hora de ficar de frente pra Massa.
Só espero um dia, quando Obina deixar o futebol, dizer aqui da arquibancada. Abra passagem Nação Atleticana! O Terror chegou. Obina agora é torcedor. E do Galo!
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
