Os “heróis improváveis” do clássico

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20/10/2017 - 11:48

Dario, Reinaldo, Éder, Marques, Guilherme, Ronaldinho e Diego Tardelli. A história do clássico entre Atlético e Cruzeiro, que se enfrentam neste domingo, no Mineirão, pela 30° rodada do Campeonato Brasileiro, é marcada por grandes exibições de craques de nível internacional. No entanto, engana-se quem pensa que as lembranças do maior jogo de Minas Gerais são feitas apenas de jogadores renomados. Ao longo de 86 anos de embates frequentes, vários “heróis improváveis” ajudaram o Galo a superar o maior rival. Confira alguns deles:

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Em 2014, o atacante Carlos marcou duas vezes e ajudou o Galo a vencer o clássico. (Foto: Bruno Cantini/Atlético)

Paulinho Kiss

Em 1985, Atlético e Cruzeiro fizeram a final do Campeonato Mineiro em três jogos. Após um 0 a 0 e um 2 a 2, a terceira partida ganhou contornos dramáticos. Outro empate sem gols, porém, fez o campeonato ser decidido na prorrogação, que durou apenas dois minutos. Foi o tempo necessário para o atacante Paulinho Kiss mandar uma bomba para o gol e dar o título ao Galo. Cria do América, Paulinho, que atuou no alvinegro entre 1983 e 1985, ganhou o apelido “Kiss” por ser um grande fã da banda de rock homônima. Ele morreu em 2015, aos 55 anos, vítima de um aneurisma cerebral.

Tucho

No Mineiro de 2004 foi a vez de Tucho, outro ex-americano, conduzir o Galo à vitória no clássico. Válido pela primeira fase do torneio, o jogo foi cheio de reviravoltas e terminou em 5 a 3 para o Galo. O meia marcou três gols e foi fundamental para a vitória atleticana. Alex Mineiro marcou os outros dois tentos da equipe dirigida por Paulo Bonamigo. Ídolo do clube, Guilherme também marcou duas vezes, mas para o Cruzeiro.

Patric

Após ser eliminado na segunda fase da Copa do Brasil pelo modesto Grêmio Prudente, o Atlético chegou pressionado à final do estadual de 2011. Precisando vencer para reverter a vantagem dada pelo regulamento ao Cruzeiro – que havia terminado a primeira fase na liderança – o Galo arrancou um suado 2 a 1. Mancini abriu o placar cobrando falta, mas Wallyson empatou para os comandados de Cuca. O gol da vitória alvinegra veio com o lateral Patric, que àquela época já era bastante questionado. A vitória fez explodir uma Arena do Jacaré lotada de atleticanos.

André e Marion

Em 2014, Atlético e Cruzeiro se enfrentaram logo na 4° rodada do Brasileirão. Enquanto o Galo, recém-eliminado da Libertadores, vivia um inferno astral, o Cruzeiro, que havia sido campeão mineiro, seguia com chances na competição continental.

O time celeste, que jogou com a equipe reserva, abriu o placar com Marcelo Moreno, ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, uma inusitada dupla de ataque, formada por André e Marion, virou a partida para o Galo.

Aproveitando confusão originada após cruzamento de Alex Silva, o folclórico Marion conseguiu igualar o placar. Cobrando pênalti, André virou o marcador e decretou a primeira vitória alvinegra naquela edição do Campeonato Brasileiro. O jogo marcou também o primeiro triunfo do técnico Levir Culpi em sua volta ao Galo.

Carlos

No segundo turno daquele mesmo Nacional, Cruzeiro e Atlético fizeram outra partida com um desfecho improvável. Irregular, o Galo não conseguia encaixar uma boa série de jogos e via o rival se consolidar cada vez mais no topo da tabela.

Ousado, Levir Culpi escalou a equipe com apenas Leandro Donizete na contenção e foi premiado com uma épica vitória por 3 a 2. O grande herói do confronto foi o atacante Carlos, que estava em seu primeiro ano como atleta profissional.

Ele, então com 19 anos, marcou dois gols e ajudou o Galo a sair com os três pontos em um Mineirão lotado de torcedores adversários. O gol da vitória saiu aos 46 minutos do 2° tempo, quando o Atlético se esforçava para segurar o empate. O sucesso no clássico foi fundamental para dar forma à arrancada daquela equipe, que culminou na Copa do Brasil conquistada em cima do próprio Cruzeiro.

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