Goleiro é assunto polêmico no Galo. Isso não se discute! Seja com os polêmicos Ortiz e Bruno, a pressão com os que passaram por seleções, como Taffarel, Mazurkiewicz e João Leite ou a impaciência da torcida com falhas constantes de alguns.
Após a saída de Juninho e Edson, imaginamos que finalmente aquele local do campo nasceria grama, nos jogos atleticanos. O tempo passou, mas não passaram as manchetes de jornais com falhas e cobranças da torcida com os que vestem a camisa 1 no Galo.
Debrucei-me em livros, virei noite no mundo virtual, pesquisei sobre opniões de época e me deparei com números curiosos sobre os goleiros do Atlético. Escolhi dezoito goleiros que ficaram na lembrança do torcedor, por bons ou maus momentos. Dos 18 nomes pesquisados, calculei o número de jogos e gols sofridos por todos. Confira abaixo:
01º - Ortiz: 100 jogos e 62 gols (marcou 7 gols) = Média de 0,62
02º - João Leite: 684 jogos e 453 gols = Média de 0,66
03º - Mazurkiewicz: 89 jogos e 67 gols = Média de 0,75
04° - Humberto: 77 jogos e 63 gols = Média de 0,81
05° - Renato: 86 jogos e 72 gols = Média de 0,83
06° - Mussula: 168 jogos e 156 gols = Média de 0,92
07° - Emmerson: 68 jogos e 70 gols = Média de 1,02
Fábio: 121 jogos e 124 gols = Média de 1,02
09º - Aranha: 27 jogos e 28 gols = Média de 1,03
10º - Diego: 61 jogos e 65 gols = Média de 1,06
Taffarel: 191 jogos e 203 gols = Média de 1,06
11° - Juninho: 72 jogos e 81 gols = Média de 1,12
12º - Bruno: 59 jogos e 68 gols = Média de 1,15
13º - Veloso: 231 jogos e 274 gols = Média de 1,18
14º - Mão de Onça: 101 jogos e 130 gols = Média de 1,28
15° - Kafunga: 435 jogos e 567 gols* = Média de 1,30
16º - Danrlei: 67 jogos e 97 gols = Média de 1,44
Edson: 54 jogos e 78 gols = Média de 1,44
17º - Eduardo: 65 jogos e 100 gols (marcou 01) = Média de 1,53
18º - Carini: 19 jogos e 30 gols = Média de 1,57
Os números mentem? Não! Os números não mentem, mas os zagueiros que estão à sua frente os distorcem.
Os 3 primeiros do ranking são de uma geração incrível. Bons volantes, bons zagueiros e um ataque capaz de segurar a bola na frente.
Seria injusto comparar um Danrlei e Bruno, goleiros de anos trágicos para o Atlético, com outros que tenham vivido anos de glórias.
Vemos Diego e Taffarel no meio da lista, próximos a Juninho, nome capaz de aumentar a pressão arterial do atleticano em 2 pontos. Porém, Taffarel levantou três taças e Diego duas, enquanto Juninho não conquistou nenhum título jogando pelo Galo.
Para não falar de épocas tão distantes, deixo de lado os populares Kafunga e Mão de Onça, para citar o jovem Emerson, que aparece na sétima posição. Vestiu a camisa do alvinegro ainda jovem, chegou à seleção e sumiu na mesma velocidade, amargando seus últimos dias no futebol em clubes do interior de Minas. O goleiro certo na geração errada? Não houvesse imagens para tantas testemunhas, poderia um goleiro assim chegar às médias de imortais como João Leite?
Embarquem novamente na máquina do tempo e estacionem hoje, onde Aranha e Carini são as opções do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Aranha chegou ao Galo quando o time estava entre os primeiros do Brasileirão, jogou bem em alguns jogos, falhou em outros e deu lugar a Carini. O uruguaio passou grande parte do campeonato como titular, inclusive a reta final, onde vieram 5 derrotas seguidas. Revezeram no início do ano e Aranha conquistou a posição por falhar menos.
Aranha aparece com uma média no ranking superior a Diego,
Taffarel e Veloso, enquanto Carini tem a pior média dos dezoito nomes citados.
Taffarel e Veloso, enquanto Carini tem a pior média dos dezoito nomes citados.
Uma zaga mais forte com Jayro Campos, Werley e Cáceres ajudam nos números, caso queiram comparar, a do passado era Benitez, Welton Felipe e Alex Bruno ou para fazer sua cabeça sair fumaça, cito Marcos e Leandro Almeida.
Como já citei aqui, Carini é o goleiro certo no ano errado e Aranha está usando suas últimas cartas na manga. Carini em sua insistência ao jogar adiantado e Aranha afobado ao sair do gol, fazem com que mesmo que tivesse uma média de 0,01, os dois não teriam total confiança da torcida e da comissão técnica. Pressão faz goleiro ficar pesado e cobrança exagerada faz adversário chutar de longe, então demos esse último crédito aos nossos defensores.
Um goleiro precisa ter mais que bons números. É necessário ter vontade em jogar, aprender e estudar o adversário, é preciso ter frieza e raça, precisa de técnica e experiência... mas... por hora, tudo o que eles precisam é do nosso apoio. Por isso eu digo: VAI PRA CIMA DELES GALO! PRA CIMA DELES CARINI! PRA CIMA DELES ARANHA!
ABRAÇO NAÇÃO!