Palmeiras 0 x 0 Atlético: Desempenho ruim e resultado aceitável

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04/06/2017 - 19:28

Antes mesmo de a bola rolar no Allianz Parque, o atleticano foi surpreendido por um importante desfalque: Elias, peça fundamental no esquema de Roger Machado, estava fora do jogo por cansaço muscular. Já sem Adilson e Marcos Rocha, substituídos respectivamente por Alex Silva e Yago, Roger optou pelo venezuelano Otero e manteve o 4-2-3-1 habitual. Em campo, Palmeiras e Galo fizeram um jogo de sucessivos erros e terminaram empatados em 0-0.

A ausência de Elias foi um problema durante todo o primeiro tempo. Normalmente, o meio-campista atua como um “falso ponta” pelo lado direito e auxilia o lateral no preenchimento dos espaços. Mais ofensivo que Elias, Otero não conseguiu fazer as “dobras” de marcação e pouco ajudou Alex Silva, que sofreu bastante com as investidas do veloz Keno. O primeiro tempo foi todo dos donos da casa, que criaram várias chances de gol, mas pararam na atuação inspirada de Victor, que defendeu um pênalti de Willian nos acréscimos.

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Com visíveis dificuldades na saída de bola por baixo, o Atlético criou pouco e só chegou com relativo perigo em lances fortuitos: primeiro, num chute de Fábio Santos após sobra de escanteio e depois, em cruzamento de Fred que Egídio quase cortou para o próprio gol. O centroavante alvinegro, aliás, parecia sentir a maratona de jogos e não participava muito do jogo. Atuando pela esquerda, Robinho esteve apagado ofensivamente e chegou a ser cobrado por Roger, que pedia “marcação forte” ao seu camisa 7. Aqui, cabe uma observação: os melhores momentos de Robinho no Atlético foram jogando pelo centro, sem tanta responsabilidade no momento defensivo. No entanto, desde que Cazares se firmou como titular, o atacante, que já tem 32 anos, passou a jogar aberto pela esquerda, prejudicando a recomposição por aquele lado, sobretudo nas partidas fora de Belo Horizonte. Para não precisar sacar Robinho do time, Roger precisa encontrar um mecanismo que deixe o veterano atacante mais livre de obrigações defensivas. Uma possibilidade é a troca de posições, com Cazares atuando por fora, organizando e criando o jogo a partir dos flancos.

No segundo tempo, o Palmeiras começou amassando o Galo, que só reagiu quando Fred e Robinho deram lugar a Rafael Moura e Valdívia, que descansados, puderam contribuir mais para a fluidez do jogo coletivo. Tentando dar mais dinamismo à faixa central do campo, Roger não abriu Valdívia na esquerda, como a lógica indicava e posicionou o “Poko” pelo meio, passando Cazares para a função que era de Robinho. A partir daí, o Palmeiras de Cuca, que abusava do jogo direto e não conseguia criar por dentro, só assustou quando adiantava as linhas e impedia Felipe Santana e Gabriel de saírem jogando por baixo.

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Apagado até nas bolas paradas, Otero foi substituído por Maicosuel na metade do segundo tempo. O veloz jogador perdeu boa chance frente à meta de Fernando Prass. A tendência é que Maicosuel continue em pauta por algum tempo, visto que, logo após o jogo, surgiram as primeiras informações dando conta de que o camisa 70 pode ser negociado com o São Paulo. Os outros dois integrantes do meio atleticano, Yago e Rafael Carioca, fizeram um jogo consistente e tiveram bons momentos.

No fim das contas e pelo contexto da partida, o empate ficou de bom tamanho para o Atlético. A derrota para o Fluminense e o empate com a Ponte Preta, ambos no Independência, porém, impedem que o Galo considere o 0-0  um grande resultado. Apesar dos dois empates fora de casa, os três pontos em quatro jogos preocupam e obrigam o Galo a vencer os dois próximos compromissos, contra Avaí, em BH e Vitória, em Salvador.

Por: @ghpeixoto