Parabéns, nº 1 | Dia do Goleiro
Por: Camisa Doze
26/04/2020 - 12:35
Os anos 30, 70 e 90: época do 'Galo de Ouro'
O espetáculo só para quando as mãos intervêm no placar e a torcida enfurecida diz que perdeu por causa do xingamento sobre o camisa 1 do time, que até meados dos anos 1980 havia enorme preponderância. Vaiado por muitos, entretanto, o arqueiro não deixa de ter influência sobre o grupo, afinal, eis a máxima: “é com um grande goleiro que se tem um grande time”. No dia 26 de abril é dia desses “vilões” erguerem as mãos, não porque conquistaram uma Copa do Mundo ou pegaram uma penalidade, mas sim porque é o seu dia.
O goleiro “não tem coré-coré”. Ou é “gol barra limpa” não ou quer dizer nada. Essas frases foram ditas entre 1935 e 1954, com um dos mais conhecidos goleiros que o Atlético obteve, consagrado com dez campeonatos mineiros e uma taça “Campeão dos Campeões”, promovida pela antiga FBF. Kafunga, contudo, foi um dos que mais vestiu a camisa alvinegra, empatado com Paulo Roberto (504). Segundo a ficha técnica de 2013, é o sexto colocado no ramo.
Taffarel é outro nome importante na visão dos arqueiros. Famoso por pegar penalidades, quando defendeu o manto alvinegro entre 1995 e 1998, O Homem das Mãos Santas, entretanto, conquistou pelo Galo o campeonato mineiro de 1995; a Copa Conmebol de 1997, além da Copa Centenário. Sua chegada do Parma ao time mineiro foi recebida com glória e carreata, durante em torno de três horas. A torcida cantava o coro mais brilhante de toda a história: “El, El, El, Sai que é sua Taffarel”.
O jogador, porém, em sua oportunidade, serviu a seleção 104 vezes, com suma importância com a amarelinha em que trabalha até hoje, como treinador de goleiros.
Em 1999-00 Velloso deteve o manto alvinegro. Entretanto, sua passagem foi branda. Em 1999, quando foi vice-campeão brasileiro diante do Corinthians. Foram 271 jogos com 117 vitórias, 53 empates e 61 derrotas. Sua jornada terminou apenas com o campeonato mineiro de 2000.
Hoje, contudo, o dia é de felicidade, e como isso ocorreu entre as datas de 1971; 1992; 1995, 1997, 2013, 2014, exaltemos o primeiro campeão brasileiro: Ronaldo Zolini, falecido de 2015, teve importante influência para os alvinegros.
Há 50 anos o Galo conquistava o titulo de campeão brasileiro. Zolini faleceu na véspera de lançamento do seu livro “Memórias de um goleiro do Galo”. Logo aos 64 anos.
Outra Era.
O futebol, ademais, caminhava para um novo período durante o século XX para o século XXI. A tática prevalecia e não há mais espaços para que os médios corressem e batessem como batiam antes.
É válido ressaltar, entretanto, a tática no futebol moderno tal como ela é: imprevista. Todos os goleiros são honrosamente históricos, contudo, havia um cujos pés deram-lhe liberdade – e não estamos falando de René Higuita –. Não era mais só W e M. Mas um emaranhado de número, como 4-2-1-3 ou alguma coisa do tipo. Eis uma nova era: O Galo Doido. Este que ataca para frente.
“Encostado” no Grêmio, Victor veio ao Galo fazer história. O canhoto está na equipe desde 2012, quando a nova era começou. A “Era Cuca”. Marcado por uma complexidade de viradas inestimáveis, o arqueiro defendeu com o bico da chuteira o chute de Riascos, ex-jogador do Santa Fe (COL).
A história ia se repetindo perante o Olímpia na final, “quando a bola bateu naquela trave”, mas Victor havia tido grande papel na caminhada alvinegra pela libertadores.
Grandes penalidades pegadas ao longo da trajetória até a taça continental, Victor foi testado mano a mano; em cobrança de falta; com altitude elevada e com bolas com curvas estranhamente perigosas. Já em 2012 foi vice-campeão do Campeonato Brasileiro; em 2013 levantou a taça da Libertadores e, em 2014 foi campeão da Copa do Brasil so’b’re o arquirrival e da Recopa Sul-americana. A aparição do “São Victor do Horto” rendeu lugar à seleção brasileira.
E quem disse que mãos não fazem milagres?
Uma série de bons goleiros e goleiros considerados, se não ídolos da massa, um dos melhores a já passado e ter honrado o manto. Todos em épocas diferentes, mas com um sentimento: o alvinegro.