Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
Uma pedra em minha boca que me impede qualquer grito de comemoração e impede que eu exploda no gol, pois já não sei se esse será salvador. Pedra presente também no travesseiro, tampando os sonhos atuais e trazendo pesadelos de anos atrás.
Pedra essa que caiu em meus olhos e assim pude justificar as lágrimas que apareceram em meus olhos na última noite. Lágrimas sem data para secarem, mesmo que haja comemoração nos próximos dias.
E os que representam o clube que eu amo, tinham diversas pedras. Pedras em suas chuteiras, pedras tampando a vergonha, pedras destruindo a dignidade. Com a covardia que lhes acompanha, tudo que farão amanhã é mudar o caminho a ser percorrido, pois têm ambições pequenas demais e um orgulho gigante para pedirem aos companheiros que lhe ajudem a empurrar essa rocha. Será que, sobre os olhos desses, não caem pedras? Será que conseguem dormir sem encontrar um mínimo pedregulho no bom sono do dever cumprido?
Essa não é uma pedra física. Essa é uma pedra moral, um objeto fictício para representar o peso de todos os sentimentos que estão incorporados à bandeira do Atlético em 2010. No começo era um cisco, mas deixamos crescer, ignorando toda a frieza, desrespeito e preguiça, camuflados por nomes milionários.
O cisco cresceu, tornou-se uma pedra e essa pedra foi arremessada contra mim, ferindo minha pele, mas não sendo capaz de rasgar minha camisa. Pois essa é feito de material imortal, essa estará no próximo jogo me convencendo que é possível e que nada está perdido.
Havia uma pedra no caminho e pro azar dela, também havia um Atlético; e esse tem uma torcida que está disposta a ser uma pedreira no caminho dos adversários. Vai pra cima deles Galo!
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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