Sul-americana | Um histórico 3 a 0

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07/02/2020 - 12:43

Cabisbaixo:

Poupando 80 por cento dos titulares no campeonato estadual e priorização para a Sul-americana foi assim que tanto a torcida alvinegra assistiu (ou ouviu pelo rádio) ao jogo. Uma má vontade dos jogadores de frente que sequer entraram em campo, não tomou conhecimento do adversário e respeitou demais tanto que logo aos 3’ sofreu o primeiro baque. Em menos de um mês o estadual mostrou para os jogadores, treinadores, comissão e principalmente dirigentes que não se pode iludir com um 5 a 0 de baixo nível técnico. A um time que havia tomado nenhum gol, abriu a porteira na Argentina.

Apático:

Embora sofresse o gol cedo o Galo sequer moveu as peças para uma movimentação e correr atrás do resultado. Ainda faltavam 42 minutos da primeira etapa por jogar. As bolas que vez ou outra chegava para Di Santo: era interceptado, ou dava ladrão, ou trocava seis por meia dúzia. O time permaneceu apático durante a primeira etapa de cabeça fria, talvez almejando um revés que não houve pelo esquecimento de um ‘camisa 10’, pensante, articulador. Um time que não tem jogada individual é um time que preocupa. Cazares já demonstrou que 2 + 2 são 4 e ponto final. Não quer jogar, informou fonte próxima.

Assim sendo, Nathan poderia suprir o meio de campo, mas preferiu tirar Jair que tomou uma pancada logo do início do jogo. Nos 45 minutos finais o Atlético firmava um contragolpe ou outro mais, que parava na muralha argentina, que fez boas aparições.

Malemolente:

A malemolência do time mostrava o quão morno nos campeonatos estava. Tão malemolente que tomou mais dois gols e pareceu ficar por isto mesmo: boêmio, sem preocupações – parece que está remetendo às boas épocas do “lá em casa a gente resolve”. 3 a 0 em 90 minutos cujo 180 tem para jogar. O próximo jogo em casa terá que fazer mais do que a obrigação para que o time ao menos se estruture. A questão viável seria: E a torcida, como vai ficar? Porque quem ama é só ela. E ela viu (ou ouviu) muita coisa que não deveria. Inclusive o pênalti defendido pelo goleiro, perdido por Allan. Veja bem, o artilheiro Di Santo sequer quis pegar na bola para bater. Fábio Santos já havia saído para a entrada de Arana e Jair foi substituído. Eis a questão:

Este é o C.A.M que a diretoria austera quer?

Fica a reflexão.   

As posses de bola

A posse de bola parece ser mentira se comparada com o show de horrores apresentado em Santa Fe. 70% de posse e 0 de produção à frente. Igualando-se ao mesmo tanto de chutes dados pelo adversário ( 5 a 5). Triste realidade para a massa atleticana na quinta-feira (6), às 21h30.

Gols: Walter Bou (3’); Javier Cabrera (43’); Gabriel Carabajal (52’)