Perder para o São Paulo por 2 a 1, em pleno Morumbi, não é um resultado agradável, mas também não seria o fim do mundo em qualquer outra temporada. Não seria, pois, como dissemos na última crônica, o Galo precisa fugir da normalidade para conseguir algo nesse campeonato.

Mas o Atlético não quer. O Galo implora pela derrota e faz o que for possível para que ela venha, de preferência de forma tranqüila, sem possibilidade de empate. Para isso, basta tomar um gol nos primeiros segundos e não defender uma bola sequer. Chutou no gol? Deixa passar.

Vicente Motta teria vergonha de ver esse time em campo. Aliás, se visse esse time, Vicente não escreveria os versos que esse time joga com raça e amor, assim como Mangabeira não diria que esse é um Galo Forte e Vingador, diante de tal covardia. E uma covardia que começa na escalação do técnico Cuca. Como disse anteriormente, o Atlético venceu duas ao sacar Serginho do time, mas ao ver que dava resultados, voltou com o atleta que tem os piores números em todo o time. E não há argumento de esquema defensivo para surpreender o adversário. Cuca preparou um esquema para perder de pouco. Esquecem que o décimo sétimo cai, assim como o vigésimo.

Mesmo com a idade avançada, Magno Alves seria uma boa opção para substituir André, que saiu lesionado, mesmo com pouca técnica, Obina também poderia ter uma chance. Mas o Atlético quer perder com grife. Quer colocar Guilherme em campo, pois foi caro, pois precisa justificar as palavras do Presidente. Guilherme é um Ricardo Bueno de boutique. Ele não é feliz no Atlético e o Atlético não é feliz com ele.

Para encerrar essa combinação de escalação incorreta e do atacante que talvez seja a pior contratação dos últimos, temos ainda um árbitro que percebeu uma possível reação atleticana no fim e cortou o mal pela raiz. Expulsou Leonardo Silva sem critério algum, já que o time do São Paulo distribuía pancadas a algum tempo, sem punição para nenhum jogador.

Se o Presidente tivesse jogo de cintura e voz grossa na CBF, como tem com os repórteres que o questionam nas entrevistas, não seríamos “garfados” tantas vezes, em tão pouco tempo.

Assim continuamos o segundo turno, como um replay do primeiro. Que venha uma vitória alvinegra no domingo para matar a minha fome, já que só derrota azul, não enche barriga.

ABRAÇO NAÇÃO!

Fael Lima

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*Imagens: Bruno Cantini