Os números de Thiago Larghi no comando Galo

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22/05/2018 - 16:39

 No último sábado o Atlético conquistou uma importante vitória no clássico, feito que o colocou na liderança do Campeonato Brasileiro ao término da 6ª rodada. Em um resumo estatístico, o Camisa Doze listou os momentos relevantes em uma retrospectiva com a possível virada de conceito de jogo. Com Thiago Larghi, o homem da regularidade, o Galo já possui nas sequências de 10 em 10 jogos um aproveitamento levemente superior ao Corinthians campeão de 2017.

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Foto: Pedro Souza (Atlético)

Antes, porém, um breve balanço dos seus antecessores.

Fase 1 – Flórida Cup - Preliminar – Caio Zanardi – 0%

Com duas partidas na Flórida Cup, o Atlético enfrentou o Rangers-ESC e Atlético Nacional-COL. Optando pela pré-temporada Oswaldo de Oliveira não foi e não levou o elenco principal para a competição. Caio Zanardi contou com jogadores do extinto time B e com o volante Adílson, fato este que deixou a torcida perplexa devido à mensagem que demonstrava que Oswaldo não contava com o volante.

Resultado: 2 derrotas, 3 gols sofridos, nenhum feito, 0 % de aproveitamento.

Fase 2 – Fase Audisom – Oswaldo de Oliveira – 50%

Até o fim do ano, Oswaldo de Oliveira tinha a gratidão da torcida por ter aliviado o Atlético na campanha do Brasileiro de 2017 da possibilidade descenso devido às turbulências, trocas de treinadores e time com pouca coesão ainda na gestão do Daniel Nepomuceno.

Passado o momento motivacional, Oswaldo foi mantido pela diretoria recém-empossada. Já de início pediu o retorno de Hyuri, solicitou a contratação do lateral Samuel Xavier e escanteou um dos tripés de proteção da defesa atual, mandando Adilson para a Flórida Cup. Agravando o histórico, o Atlético fez uma partida vexatória diante do Atlético-AC e para “entornar o caldo” envolveu em um mal entendido com o jornalista Léo Gomide, no qual se desequilibrou emocionalmente e relembrou os bons momentos da Velha Surda da Praça.

Resultado: 6 jogos, 2 vitórias (Democrata e URT), 1 derrota (Villa Nova) e 3 empates (Boa, Patrocinense e Atlético-AC), 4 gols sofridos, 7 gols feitos – 50% de aproveitamento – 9 pontos em 18 possíveis.

Nota: nível de dificuldade do jogo – Baixa – Fases iniciais CB e Campeonato Mineiro

Fase 3 – Fase Interino – Pega ou Larghi – Jogos 1 a 10 – 63,33%

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Larghi assumiu como interino, mas trabalho pressiona diretoria por efetivação / Foto: Bruno Cantini (CAM)

Com a saída de Oswaldo, começaram as pesquisas por nomes conhecidos como Cuca, Mancini, Abel e nada se concretizou. Sobrou olhar para o lado sem dar nome ao cargo e dar a bomba para um rapaz preparado e que precisava melhorar os cenários. Larghi começou derrotado para a Caldense no Independência e em seguida começou a vencer. Primeiro o clássico com o América e em seguida o Botafogo-PB. Com partidas consistentes e mostras claras de que o time havia treinado, percebia-se organização. Entre poucos erros e muitos acertos, conseguiu 19 pontos dos 30 possíveis e iniciou o processo de instituição do tão desejado formato de jogo.

Resultado: 10 jogos, 6 vitórias (4 fora e 2 em casa), 3 derrotas (3 em casa), 1 empate (1 fora), 15 gols feitos (média 1,5 por jogo), 6 gols sofridos (média 0,6 por jogo) – 63,3% de aproveitamento – 19 pontos em 30 possíveis

Nota: Atlético na primeira sequência de Thiago Larghi apresentou dificuldade em propor o jogo e perdeu partidas para adversários que o esperavam em casa – Cruzeiro (primeira fase Mineiro), Figueirense (jogo de volta da Copa do Brasil – Independência) e Caldense na sua estreia.

Nota 2: nível de dificuldade do jogo – Média – Equipes mais qualificadas na CB18 e clássicos no Campeonato Mineiro

 Fase 4 – Evolução em casa, vai ou Larghi?! – Jogos 11 a 20 – 63,33%

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Thiago Larghi vem consolidando padrão de jogo do Galo / Foto: Bruno Cantini (CAM)

Chegada a hora das decisões, Thiago Larghi mesmo perdendo o título saiu com respeito e apoio da torcida. Passando por jogos com grau alto de dificuldade a segunda dezena de jogos no seu comando demonstrou evolução no fator “mando de campo”. O aproveitamento se manteve idêntico aos 10 primeiros jogos, com o detalhe de vencer bem em casa.

Nesta sequência obteve vitórias contra América (duas vezes), Cruzeiro (primeiro jogo da final), Ferroviário-CE, Vitória-BA e Corinthians. Destes, cinco triunfos em casa e um como visitante contra o América.  Thiago Larghi completava 20 jogos contra o Corinthians praticando um futebol coeso e que já sabia propor o jogo sem perder sua consistência defensiva, amparado pelo tripé de volantes Adilson, Blanco e Luan.

Resultado: 10 jogos, 6 vitórias (1 fora e 5 em casa), 3 derrotas (3 fora), 1 empate (1 fora - Ferroviário), 16 gols feitos (média 1,6 por jogo), 9 gols sofridos (média 0,9 por jogo) – 63,3% de aproveitamento – 19 pontos em 30 possíveis

Nota 1: nível de dificuldade do jogo – Alta – Melhores equipes na CB18 , clássicos e finais no Mineiro, além do San Lorenzo pela Sul-Americana.

Nota 2: Derrotas para o Cruzeiro na final e Vasco no fim do jogo na estreia do brasileiro, mais uma vez colocaram em questão a qualidade do elenco e a capacidade do treinador de fazer substituições..

Fase 5 – Só o Brasileiro – A liderança – Chegaremos aos 19 em 30 ?!

O Corinthians campeão brasileiro de 2017 obteve 72 pontos, ou seja, 63,16% de aproveitamento. Chegando a três vitórias nos próximos 4 jogos, Larghi manterá seu aproveitamento habitual de 63,33%. Como só tem o BR18 a disputar, inevitavelmente estará líder ao término do seu trigésimo jogo no comando do GALO se conseguir os 9 pontos.

Os quatro adversários são Flamengo, Sport, Chapecoense e América. Sairá de Belo Horizonte somente contra o time pernambucano. Thiago já pediu reforços nos mesmos moldes da torcida – precisa de 3 ou 4 jogadores para encorpar o elenco. Hoje, tem 26 jogos e na terceira sequência, possui o maior número de empates (4)  e duas (2) vitórias logo após duas eliminações (Atlético-PR e Cruzeiro).

Há portanto, um apoio geral ao treinador por maior parte do torcedor que percebe que o time tem padrão de jogo e consistência defensiva. Além disso, o treinador é sóbrio e ainda tem equilíbrio emocional para sair das “FAIXAS DE GAZA” e perguntas difíceis em situações adversas.

Larghi está construindo um caminho de trabalho, o tipo de respeito que não se pede, se conquista em função dos seus propósitos. Seu perfil não é bajulador, midiático ou do tipo que “joga para a galera”. Thiago Larghi tem números, evolução, organização e conquista não por ser “paizão de jogador”. Thiago conquista o elenco e a torcida por formar padrão de jogo e desempenho, e fundamentalmente, por ter competência.

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Discreto, Thiago Larghi vem fazendo barulho pelo o que o time produz em campo / Foto: Bruno Cantini (CAM)

Resumo de Jogos Atlético no ano: 34 jogos, 16 vitórias, 9 derrotas, 9 empates, 55,88% de aproveitamento – 57 pontos de 102 possíveis.

Nota final: Larghi com 63,33% tem média superior nas 20 primeiras partidas e possui números quase idênticos ao Campeão Brasileiro de 2017...

Façam suas apostas, "TÁ COM LARGHI OU NÃO TÁ?!"