Tropa Atleticana de Elite

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25/10/2010 - 06:01

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Um dia possui 1.440 minutos. Um ano tem 525.600 minutos. E 90 minutos vividos hoje, serão lembrados por mim até meus últimos segundos de vida.

Isso porque em 90 minutos do dia 24 de outubro de 2010, eu aprendi a ser um soldado, graças a onze homens que receberam instruções de outros soldados.

Foram passados pra eles quais ações eram necessárias para um militar vencer uma guerra, conquistar uma missão, dominar seu território. Onze ações eram fundamentais: Agressividade controlada, controle emocional, disciplina consciente, espírito de corpo, flexibilidade, honestidade, iniciativa, lealdade, liderança, perseverança e versatilidade. Onze atributos de uma tropa de elite.

Quando começou a batalha principal, eles estavam com suas faces pintadas pela cor dessa bandeira, ansiosos para colocarem em prática todas aquelas táticas que lhes foram passadas. Subiram o túnel do vestiário querendo encontrar-se com o exército adversário, que já considerava o confronto ganho, e assim se depararam com a primeira vitória. O cheiro de covardia e medo pairava no ar já com a imagem de uma arquibancada vazia.

E não só os jogadores sabiam as técnicas militares. Vários apaixonados camuflaram-se entre as cadeiras, dando cobertura ao time. Queriam ver de perto a derrota estampada naquele povo de pele azul.

Assim foram surgindo cada lição aprendida nos bastidores:

• Espírito de Corpo; Renan Ribeiro

Ele abraçou o escudo do Atlético, e não sairia daquele campo sem a vitória. Não era Renan que fechava o gol. Eram os 102 anos do Atlético que estavam dentro dele.

renan iluminado 300x207 - Tropa Atleticana de Elite

• Lealdade; Rafael Cruz

A confiança depositada por Dorival Junior foi retribuída à altura por Rafael. Correu, defendeu e contribuiu com assistências.

• Agressividade controlada; Werley

Provocações de atacantes, um juiz contra seu time, um bombardeio a todo instante, porém toda a raiva fora canalizada na vontade em sair vitorioso.

• Disciplina consciente; Rever

Uma parede. Um cérebro. Um líder-nato. Um selecionável. O que há de melhor em batalhas.

• Honestidade; Leandro

Foi claro antes da partida quanto às suas limitações pela fratura. E esse Leandro, que já esteve do outro lado, ignorou lesão, chuva, cansaço, sendo um leão em campo.

• Liderança; Zé Luís

Um grito alto na defesa quando é preciso cobrar e um grito maior ainda para apoiar os companheiros. O Zé é vibração!

• Flexibilidade. Serginho
Ele cai, levanta, escorrega, apanha e levanta de novo. Ele luta até o fim. Ele vai além do que o corpo permite.

• Controle emocional; Renan Oliveira

Esse já não fazia mais parte do exército. Saiu, mas foi convocado a comparecer novamente nos campos de batalha. Precisou superar toda a tempestade que girava em sua cabeça para entrar em campo e ajudar o Atlético que tantas vezes já lhe ajudou.

• Iniciativa; Diego Souza

Tem sido há vários jogos o primeiro a colocar a bola debaixo do braço, a vibrar com um simples lateral e a incorporar o que é defender a camisa do Atlético.

• Versatilidade; Diego Tardelli

Ele pode atuar pelas pontas, no meio, na área e quando Dorival precisar, ele recua para a zaga. Uma carta para qualquer jogada.

• Perseverança; Obina

No mesmo ano em que fraturou o tornozelo, ele conseguiu conquistar a Massa. Passou vários meses numa mesa de fisioterapia e agora é um soldado de ponta. Hoje, Obina invadiu o território inimigo e cumpriu sua missão. Obina é Tropa de Elite!

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Implodimos uma arbitragem tendenciosa. Tanto o árbitro quanto os bandeiras, invertiam faltas, erravam em impedimentos, tinham pulso firme com os alvinegros e amoleciam pros azuis.

Vencemos um goleiro que tem a mídia a seu favor, mas que provoca os adversários, xinga o que tem que xingar em campo, reclama em gritos com a arbitragem que não toma providências. Vencemos um goleiro que tentou agredir Obina, mas que foi baleado três vezes pelo soldado de perseverança sem igual.

E como foi bonito ver aquele goleiro tantas vezes se contorcendo dentro do gol. Como foi bonito ver aquele argentino querendo esbanjar e morrendo de sede diante de um Renan Ribeiro de competência e sorte.

Agora, levantemos nossa cabeça, peguemos nossas armas e continuemos a caminhada. Tudo que aprendemos nesses 90 minutos, com certeza levaremos conosco na estrada.
Vencemos a batalha, mas ainda há uma guerra em andamento.

E lembrem-se, próximos adversários e vocês que tomaram 4 nesse domingo:

♪♫Hoje pode ser meu dia

Pode até ser o seu

A diferença é que eu vou embora

Mas eu levo o que é meu.

Tropa de Elite

Osso duro de roer

Pega um, pega geral

Também vai pegar você....♪♫

ABRAÇO NAÇÃO!

Fael Lima

www.twitter.com/cam1sado2e

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