Tudo foi lindo, tudo foi maravilhoso
Por: Roberto Marques
01/05/2017 - 13:54
Foi pra ver jogo do Galão que eu segurei mais uma vez a sua mão!
Estávamos diante de mais um jogo de arrepiar as multidões em Minas Gerais. Era decisão de campeonato, era ATLÉTICO e Cruzeiro.
Nada poderia ser previsível e não foi. Em um jogo amarrado no meio-campo de muita "pegada", atleticanos e cruzeirenses disputavam cada espaço do gramado num jogo mais estratégico que plástico.
Tínhamos um Cruzeiro que queria jogar no erro do atleticano, mas que precisava ter a iniciativa de reverter a vantagem carijó.
Por outro lado, o GALO que muitas vezes joga no empurrão da Massa foi arquiteto do jogo e deu ao seu rival o poder da posse da bola, porém, a qualidade do último passe adversário era ruim, típico daquelas peladas quando dizemos:
" A natureza marca"
Desta forma, o time do Papai Smurf ficou irritado, e o Atlético, marcava bem e só atacava na boa.
O atrativo vinha da arquibancada. Não que seja surpresa, mas o que a Camisa Doze fez ontem foi um mais um pleonasmo dos 109 anos. A impressão que se tinha era que o evento se dava em uma porção na qual 1/8 do estádio cantava alucinadamente como se vencesse mais uma Libertadores.
O jogo terminou empatado sem gols com pouca integração do meio com o ataque. O Atlético demonstrou dificuldades em finalizar e o goleiro Rafael quase não foi acionado.
Em contrapartida, Victor completou 276 jogos com a camisa atleticana e após o retorno já são três jogos sem sofrer gols, está retomado o sentimento de segurança na baliza. Gabriel e Marcos Rocha jogaram como a torcida, um absurdo, só que no campo.
Na verdade, num dia que o Brasil perdeu Belchior, um rapaz latino americano, sem parentes importantes e vindo do interior, os atleticanos todos se juntaram.
Exemplo disso, o amigo Wagner Gomes e sua esposa Beth que juntou sua galera desimportante e colocou na arquibancada sem perguntar quem era filho de quem.
Sabe porque?!
Porque ele sabia que juntar a Paixão do Povo e vibrar com o seu time era uma apropriação poética do "tudo divino, tudo era lindo, tudo era maravilhoso".
No fim de tudo, provamos que o atleticano não se separa do seu time. Não haverá sentimento no mundo capaz de afastar o Galo do seu povo.
Foi uma manhã de domingo, foi sem parentes importantes e com alguns vindos do interior que o atleticano, mais uma vez a arquibancada fez respirar.
O que a Massa fez ontem foi o puro espetáculo do povo atemporal e da união indissolúvel. Batam palmas porque Nós Somos o Clube ATLÉTICO Mineiro!
"Foi pra ver jogo do Galão que eu segurei mais uma vez na sua mão".
Agora é levantar a taça no Horto !
Valeu Belchior!
Foto de capa: Daniel Teobaldo / SoulGalo