Fiquei satisfeito com a reeleição de Alexandre Kalil no Atlético. Confesso que temia pelo futuro do Galo, caso ele não fosse o eleito. Kalil erra, como todos, mas é inegável que, seus erros, são sempre tentando o melhor para o Atlético. Considerando os últimos presidentes do clube, isso já é uma grande vantagem.
Não fiz parte da turma que achava que ele era Deus e nem faço parte da turma que o considera o diabo. No entanto, acredito que, nos três anos que esteve no comando do clube, apesar dos resultados em campo, ele fez bem à instituição.
Não podemos esquecer que, desde que assumiu a presidência, o Atlético vai ao mercado em busca dos melhores jogadores disponíveis. Claro que, nem todas as contratações, foram certas. Algumas eu não entendo até hoje.
No entanto, a maioria delas teve o apoio do torcedor. Luxemburgo, Diego Souza, Cáceres, Obina foram recebidos com festa no aeroporto. Não é culpa dele se o Diego Souza não jogou bem. Acho que o erro do presidente foi ter liberado sua ida para o Vasco.
No início das temporadas 2010 e 2011, a maioria da torcida acreditava que o time brigaria pelas primeiras posições e não pelas últimas, mas não foi o que aconteceu.
Obviamente, que o presidente tem sua parcela de culpa - e ele nunca fugiu dessa responsabilidade - mas colocar tudo na conta dele é fácil.
Administrativamente, a melhora do clube é evidente. Os salários estão em dia, o valor da marca GALO subiu muito e, tirando as pessoas que dizem, mas não provam, que há "malfeitos", não há dúvida do bom trabalho.
Além dos motivos citados, não via, nos outros adversários, competência para assumir a direção do clube. Minha opção por Kalil foi, principalmente, por achar que ele merecia mais um mandato, mas também por não ver condições de comandar o Galo nos outros adversários.
Respeito a biografia de todos, mas só isso não é suficiente para ser um bom administrador no futebol. O Beluzzo, ex-presidente do Palmeiras, confirma meu pensamento.
Foto: Bruno Cantini
Renato Pena
