O Galinho estava entrando em campo para disputar a taça de campeão na Future Champions. Na mesma hora, eu entrava no Teatro da Unip, em São Paulo, concorrendo ao TopBlog 2011, na categoria esportes.
Como blogueiro, logo que achei meu lugar, liguei o computador e o Galinho já estava atrás no placar. Talvez isso tenha trazido uma sensação que aquele não era um bom dia, já que um papel azul caiu do alto do teatro, no meio do palco, enquanto uma raposa estampava a porta do evento. Haja coração pra tanta ansiedade e vontade de gritar Galo no meio de tanta gente.
Continuei acompanhando o jogo através dos comentários dos amigos e vez e outra espiava o palco para ver se já citavam a categoria esportes. Três a um, palavrões baixinhos para que os outros convidados não ouvissem. Enquanto isso, pensava nos blogs com tantas visitas, falando sobre diversos times e conseguindo votos de todas as torcidas.
Finalmente chegou a categoria esportes e conferi o placar do Galinho pela última vez. 3 a 1 ainda... é.... hoje seria um dia difícil. Tantos gols... tantos blogs...
Quando o apresentador começou – “E o vencedor é...” – Creio que uns três séculos se passaram até ele completar – “Cam1sa Do2e”....
Soltei um grito como esses da arquibancada quando um atacante marca no último minuto, empatando o jogo. Será que era o coração sentindo um gol de empate na capital mineira?
Peguei minha bandeira e subi ao palco. Agradeci a Deus, aos amigos, à família, namorada e à Massa Atleticana. Do meu lado, um jovem de 16 anos, também sonhando em ser jornalista um dia, representando o Galo e levando o caneco pelo Júri Acadêmico. O Rodolpho levou o NotiGalo também ao topo do pódio. Dois blogs atleticanos, como os dois gols que o Galinho precisava para empatar o jogo.
Dei um beijo no troféu, outro na bandeira, abracei o Rodolfão e subi as escadas, de volta ao meu lugar. Cada passo ali trazia uma cena vivida aqui, desde 2009.
Sentei, respirei e olhei para o computador. Galo campeão! A ficha não tinha caído para o prêmio do blog, então foi muita ficha, pra pouca cuca. Lia e não acreditava.
Se o cansaço tivesse me derrubado nos dias difíceis, se o placar adverso tivesse enfraquecido aqueles garotos, se o impossível levasse à desistência dos sonhos... Se tudo isso tivesse acontecido, essa não seria uma noite especial. Mas superar limites é o fenômeno da torcida atleticana. E essa foi uma noite do Cam1sa Do2e, do Galinho, da Massa Atleticana.
Nunca desista dos seus sonhos. Não há impossível para Deus.
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
Valeu meninada. Vocês proporcionaram a cena mais fantástica que vi, desde 2010.
Bruno Cantini
