No planeta Terra, uma nação tem tirado o sono dos astrônomos. A Nação do Clube Atlético Mineiro, que desrespeitou todas as regras da teoria de Big Bang, criando seu próprio universo.
Um espetáculo único, onda não há explicação de espaço/tempo nos 90 minutos de bola rolando e nas dezenas de horas que antecem o jogo.
Nos arredores do estádio, loucos correm atrás de um ônibus, lembrando os cometas, e digo lembrando pois os corpos celestes não teriam a capacidade de transportar essa máquina sob cânticos.
E todos cantam sem maestro algum, sem um sol para regê-los, todos num só ritmo e um só hino.
E não há chuva que atrapalhe o show dessa torcida, pois ela sabe que esse céu acizentado é obra de Alguém criando um cenário perfeito para a apresentação.

Ei, você aí no espaço sideral! Veja essa bandeira tremulando, veja quantas são, sinalizando para que você aterrise sua nave e venha fazer parte da festadessa galáxia, testemunhando o que você não veria em milhares de anos viajando na velocidade da luz.
Astronauta, diga às estrelas que você voltará, que saiu temporariamente para conhecer um brilho ainda maior, de excelênia máxima.
Uma voz correndo atrás de um ônibus, uma voz pulando na chuva, uma voz cantando o hino, uma voz a dizer Clube Atlético Mineiro, vozes formando a mais perfeita galáxia.
Se chegar já no fim do jogo, não se preocupe, é só mais uma volta ao redor do sol e amanhã tudo se repetirá.
Somos do Clube Atlético Mineiro, a paixão em estado de nirvana. Uma estrela arremessada na Terra, que se tornou maior que a Galáxia de origem.