Dezembro de 2011 fez com que muitos Atleticanos falassem e agissem com um coração machucado. Muitos prometeram não ir aos estádios, outros prometeram que sequer cantariam o hino Atleticano e houve até aqueles que diziam que esqueceriam a vida ao lado do Galo daquele mês em diante. Dezembro ficou para trás e o povo voltou pro estádio cantou o hino e viveu ao lado do Galo. O Thiago de Castro continuou na arquibancada, mas seu pecado foi vender parte da coleção de camisas na época. Estava triste, decepcionado e agiu com a emoção do momento. Quando percebeu o que tinha feito, resolveu compensar e retomou a coleção com fôlego total. Confira!
Muitos colecionadores procuram por camisas da década de 70, 80. Qual é a mais antiga da sua coleção? Thiago: Eu não tenho muito tesão pelas camisas da década de 70, porque eu prefiro as que eu vi e que acompanho o time, desde 1983. Eu tinha uma do Reinaldo que o marido da minha prima me deu, assinada por ele, de 77. Ele falava que quando falecesse, iria deixá-la no testamento pra mim. Acabou morrendo cedo e a mulher dele me deu. Uma relíquia. Mas a vendi, assim como vendi grande parte da minha coleção depois de um dos dias mais tristes da minha vida, que foi a goleada no dia 4 de dezembro de 2011. Tenho a da década de 80, de 1988, do Moacir.
Tem algum xodó que você demorou a conseguir, pelo modelo ou por ter uma história bacana? Thiago: Todas as minhas atuais camisas, que hoje somam 104, são meus xodós. Sou conhecido por andar sempre com camisas do Galo. Mas uma que pode ser considerada difícil e que não tinha na minha outra coleção é a do Taffarel laranja, adquirida há duas semanas atrás, na comunidade do Galo.
As mais raras podem ser usadas no dia a dia ou não saem da gaveta? Thiago: Não tenho essa de deixar de usar as mais raras. Uso todas, sem exceção. Cada dia trabalho com uma diferente. Acho que elas tem que ser apreciadas, não ficarem só em fotos e escondidas.
Existe um preço limite para pagar por uma camisa ou se encontrar alguma que procurava há muito tempo, coloca a mão no bolso sem pensar duas vezes? Thiago: Não faço nenhuma loucura para adquirir. Tenho os pés no chão, mas já paguei muito caro em algumas, tipo quinhentos reais.
A camisa deve ficar limpa para sempre ou o colecionador pode pegar autógrafo de jogadores? Thiago: Camisas do Galo, limpas sempre, podendo lavar com cuidado, não gosto de autógrafo de jogadores. Tenho uma com o autógrafo do Reinaldo e estou tentando apagar. Não sou fã de jogadores, e sim da instituição Clube Atlético Mineiro, meu amor maior.
A coleção aceita camisas de torcidas organizadas ou só as do time? Thiago: Não tenho mais camisas de torcidas organizadas. Tinha muitas camisas da Galoucura, por fazer parte da torcida entre 1994 a 2007, e de todas aliadas, mas dei todas elas para outras pessoas. Atualmente, tenho duas camisas da Dragões da FAO, pois alguns membros são meus amigos. Não conto camisas de torcida, agasalhos e moletons como número da coleção. São só camisas de jogo que conto. Ao todo, tenho cento e quarenta e uma camisas.
Fael Lima
ABRAÇO NAÇÃO!