Vivendo o milagre

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22/11/2010 - 04:05

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Domingo, 19 de setembro de 2010. Um, dois, cem, mil, 20 mil pessoas, um Estado inteiro repetia o mesmo gesto: mão na testa, cabeça abaixada e o olhar seco. Já não havia lágrimas para chorar pelo Galo, já não havia saída, o destino estava traçado e era inevitável uma nova queda para a segunda divisão.

O Vitória, até então clube de Renan Oliveira, vencia o Atlético, mesmo jogando com um a menos desde o primeiro tempo. Não havia mais luz no fim do túnel para um time que morria sufocado pelo técnico. Outro jogo, outra derrota e uma goleada no meio da semana derrubaram alguns dos culpados por estarmos ali.

Chegava uma nova cara, um homem de cabelos grisalhos, de poucos sorrisos pra câmera, mas de um abraço enorme, que acolhia todos os jogadores, abandonados num labirinto de vaidade pelo homem do terno.

Vinte e quatro horas de contato não impediram a derrota para o Grêmio. Eram os últimos suspiros do paciente alvinegro, já que só um milagre o tirava daquela situação.

Como atleticano de muitos anos, passei os últimos dias tentando lembrar de milagres que nos beneficiaram. Cenas em que nosso destino estava traçado e algo aconteceu para que o futuro fosse diferente. Não me lembrei de nada! Nem algo parecido com um milagre.

Então vieram dois jogos fora de casa, onde empatamos com o Ceará, com uma fanática torcida a favor, e vencemos o xará Goianiense num jogo onde o inacreditável aconteceu. Renan Oliveira, o que era do Vitória no início do pesadelo, voltou para ver um zagueiro voar e marcar de bicicleta aos 48 dos segundo tempo.

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Então Sete Lagoas tremeu! Vieram os paulistas do Corinthians lutando pelo título e essa foi a data escolhida para que Werley marcasse seu primeiro gol com a camisa do Galo. Coincidência ou uma ajudinha sobrenatural?

Após a derrota pro Internacional, ainda precisávamos de um desempenho de campeão para que o pior não acontecesse. Além da ajuda do sobrenatural, algo mais teria que estar em campo com o Atlético, e isso aconteceu quando a camisa 12 resolveu reviver seu poder de influenciar o resultado nos gramados.

O Avaí tremeu e caiu diante dessa combinação, mas não foi o único a vestir azul e branco a passar por tal humilhação. Veio o clássico de torcida única e alguns atleticanos resolveram aparecer por lá, não para torcer, mas para continuarem as orações pelo milagre. E ele aconteceu quando multiplicaram os gols de Obina.

Outros jogos vieram e como o mundo alvinegro é fantástico e cheio de lendas, nos deparamos com o homem do terno novamente. Ele do outro lado sem trazer saudade alguma a todos os fiéis atleticanos que nesse momento possuíam uma fé capaz de mover montanhas. E o bem venceu o mal. Galo 4 a 1!

Hoje, vencemos o Palmeiras em território inimigo e pude ver o impossível acontecer, vi o milagre chegando ao solo alvinegro e dele eu gostei. Hoje, nosso presidente credita a vitória aos céus, pois homem algum explicaria o que aconteceu do dia 19 de setembro ao dia 21 de novembro.

A torcida atleticana abre as portas para os milagres, para a luz, para toda sorte de bênçãos e assim continuaremos, caminhando com fé e vivendo o impossível em direção ao topo do pódio no próximo ano. É esse o caminho que merecemos e é lá que estaremos. Eu não digo isso. Eu profetizo! 2011 é do Galôôô!

ABRAÇO NAÇÃO!

Fael Lima

www.twitter.com/cam1sado2e

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*Fotos de Bruno Cantini (Clube Atlético Mineiro) no Flickr oficial do Clube

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