Antes do jogo contra o Flamengo eu procurei fazer cálculos e esquemas táticos mirabolantes quando vi que era inevitável a escalação com 3 volantes. Era simples, pois Correa daria o primeiro combate e o que passasse viria mastigado para Jonilson e Renan cortarem. Carlos Alberto e Feltri teriam mais liberdade para jogarem mais no ataque, pressionando os cariocas.
Acho que a confiança e a de vontade vencer me cegaram para a realidade que estava clara.
O time ficou lento, perdeu qualidade na saída de bola e chamou o adversário para cima. As jogadas se limitaram em cruzar de lateral para lateral, algumas vezes passando novamente pela defesa.
Ricardinho, Correa, Renan e Jonilson tem diferentes características, que juntas não dão liga.
Ricardinho é craque e um gênio em dribles e passes milimétricos, mas é lento desde o início de sua carreira, e necessita de um velocista ao seu lado. Caso contrário os atacantes precisam voltar para buscar a bola tendo que fazer o papel de meia veloz.
Correa tem um bom lançamento à distância, mas para drible curtos e finalização próximas ao gol, o 7-7 tem pecado. Sobra raça no jogador, que é titular absoluto, desde que seja na parte de trás do campo.
Renan tem uma vontade incrível e tromba até no vento, não tira o pé de dividas e chama até a atenção de Celso Roth se for preciso. É um líder, mas de pouca habilidade nos passes e chutes. Deixou o time mais lento e para a torcida é um bom reserva.
Para o papel de trombador, o titular é Jonilson, que queimou a língua de grande parte da torcida esse ano. Se não é dono de um grande futebol, Jonilson compensa na raça, estando em todo lugar do campo, e cobrindo o inconstante lado de Thiago Feltri.
Serginho está temporariamente fora da briga por ter que passar por outra cirurgia, e reduz as opções de Celso Roth. Apesar da correria desordenada e do estilo jogador de interior, Serginho sempre teve uma grande aceitação da torcida, principalmente pela vontade que demonstra em campo.
Para a maioria da torcida o titular é Márcio Araújo, que após tantos anos de clube, encontrou companheiros de equipe que lhe permitiu mostrar um futebol mais eficiente. Coincidência ou não, Márcio esteve fora durante o período de um mês em que a equipe ficou sem vitória. Presente na escalação, o veloz Márcio também é um curinga para a lateral direita.
Fato é que do lado de Ricardinho não pode estar alguém lento, e no meio defensivo é preciso algum trombador e um que saia a bola com mais qualidade. As dores de cabeça eu deixo para Celso Roth que ganha, e muito bem, para isso.
Eu cá, com minhas anotações e lembranças do treinador em 2003, aposto em que ele irá optar por alguém que faça a torcida chiar, mas.... QUEIME MINHA LÍNGUA CELSO!
E que esse motor funcione bem , não importa quanto volantes ele tenha, e que não f
alte combustível para o Galo alcançar a taça.
A única peça garantida nessa máquina é a Cam1sa Do2e, pois essa torcida joga para frente, e estará com esse time, não importando a que caminho esses volantes nos levarão.