Quero, antes de tudo, avisar que nunca vi um joguinho sequer com Yustrich no comando do Atlético. Estou chegando aos 25 anos e tudo que sei sobre ele, li em livros ou ouvi dos que testemunharam os dias do "homão" (apelido do técnico devido ao seu tamanho e força) no Galo.
Pedi aos seguidores do Cam1sa Do2e no twitter, que vivenciaram esse período, para contarem o que lembravam do treinador, num breve resumo:
Sergio Kaklin, Contagem - As lembranças se confundem com o folclore criado em torno dele. Quem deve ter boa história é o Dadá... (Yustrich é lembrado sempre por Dario pelo apoio no início da carreira)
Alberto Oliveira, Belo Horizonte - O Yustrich era "mão de ferro", disciplinador, dizem que dava até porrada em jogador. Sua principal jogada era a "cavadinha".
Luiz Cesar, Belo Horizonte - Eraa chamado também de Homão. Bravo, fez o Osvaldo Faria fugir uma vez do campo de treino, acho que no América. Acusou o metido João Saldanha de covarde. Diziam que Saldanha foi armado pra concentração do Fla.
Jones Guerra, Belo Horizonte - O Homão molhava a grande área até virar lama para que os goleiros defendessem as bolas chutadas. Ele também colocava os goleiros para pegarem porcos no chiqueiro, no seu sítio em Vespasiano. O Dadá treinava com a bola amarrada em um poste no alto e só saía depois de cabecear dez vezes
Roberto Filho, Belo Horizonte - Era um treinador bravo pra encardir. Já deu porrada em jogador, já beijou o Nelinho, já me xingou quando eu estava no América. Aquele $#$%%$$... (Já visitaram o Lances e Nuances hoje?)
Você deve estar se perguntando: "Porque esse blog resolveu lembrar desse tal técnico logo hoje?
A resposta está no jogo de domingo, meu amigos atleticanos e irmãos de arquibancada. Como eu queria Yustrich dando um incentivo àqueles jogadores, no seu jeito, como fora descrito acima pelos cinco atleticanos que viram como agia esse técnico, que gritaria até com o Presidente da República, caso fosse necessário para que o Galo saísse de campo vitorioso.
De forma alguma eu estaria falando sobre violência entre profissionais ou ações agressivas, mas quem vive no mundo do futebol, sabe que às vezes é preciso uma conversa áspera e um conselho bem no pé do ouvido, desses que fazem Bilu virar Pelé no segundo tempo.
Da arquibancada eu aplaudiria o "Homão" ao vê-lo segurar Fabiano pela camisa e incentivá-lo a correr mais ou ter uma atenção maior na marcação. Fosse Yustrich no comando do Galo ontem, Werley ficaria 2 horas após o treino, só para treinar o básico da bola aérea (com Dadá isso surtiu efeito). Ah como correriam os laterais com aquela voz nada suave à beira do campo. Pra falar a verdade, acho que sobraria até pra nós torcedores, quando ameassássemos alguma vaia....
Yustrich não pouparia do puxão de orelha nem mesmo as "estrelas" do time e arrisco dizer que veríamos um duelo de titãs entre o técnico e o atual Presidente.
Pode ser sonho da minha parte ou inocência em acreditar em tudo que li e ouvi sobre Yustrich. Pode ser que todo o jeito xerifão, líder, conselheiro e estrategista seja uma lenda, mas por hora, tudo que precisaríamos é que Luxemburgo incorporasse uma lenda assim...
