Breve análise do balanço financeiro do Galo

O que diz o balanço financeiro do Atlético?

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09/02/2017 - 15:32

Vamos fazer uma análise dos itens mais importantes do balanço financeiro do Atlético.

OBSERVAÇÃO: OS DADOS SÃO REFERENTES AO BALANÇO DE 2015. Nossa intenção é justamente aguardar o balanço de 2016 para também analisar e comparar com o atual quadro.

Infelizmente, o Atlético vem há 5 anos fechando com déficit as suas contas. Cenário ruim para quem precisa de uma política austera de pagamento de dívidas. A boa notícia nesse quesito é que, ao menos, o déficit vem sendo reduzido ano após ano – exceto no ano de 2014 quando o valor extrapolou. Consequentemente, aumentou a dívida do clube. Mas no exercício de 2015 o valor já era bem pequeno. No ano, caiu pouco mais de 40 milhões e o déficit foi de R$ 11.908.723. O prejuízo diminuiu de 2015 frente a 2014, mas ainda assim é um resultado negativo.

Os custos do departamento de futebol são mais animadores. Importante: com o Profut, agora o clube tem por lei a obrigação de gastar no máximo 80% de sua receita com o futebol. Em 2013, antes do Profut entrar em vigor, o clube já obedecia essa regra. Em 2014 a coisa desandou. Excedemos muito e gastamos mais que arrecadamos. Porém, em 2015, conseguimos gastar somente 68% da receita, e estamos dentro do que o Profut exige. A inflação acumulada nesse período interferiu diretamente.

Segue a análise ano a ano:

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Balanço Financeiro resumido do Galo

Vale a observação: graças aos descontos obtidos com a adesão ao Profut, o Galo apresentou um déficit menor. Os resultados de 2015 seria péssimo e a ajuda do governo ajudou a driblar um rombo financeiro. E, com esses descontos, mais alívio financeiro.

A dívida é de quase meio bilhão. Só de dívidas fiscais chegam a pouco mais de 250 milhões. O índice de endividamento é de 2,03. Este índice é importante, pois mostra se o aumento do endividamento está sendo acompanhado por incremento de receita. No caso, quanto menor o valor, melhor. Galo tem o 13º melhor índice do Brasil, entre os 20 principais clubes analisados.

Conclusões

As receitas totais do Galo aumentaram 37%, graças ao aumento da cota de TV em 41%. Provavelmente houve luvas na renovação da assinatura da TV. Teria sido o acordo da Globo para não perder os clubes para o Esporte Interativo? Talvez. Os direitos econômicos aumentaram 34 milhões referentes a 2o14. E graças ao cenário econômico desfavorável do país, nossas receitas com publicidade caíram 30%.

Além do aumento de receitas, nossos custos e despesas caíram 18%. Ótimo. O clube mantém a política de enxugar custos. Outro fator importante foi a queda da folha salarial.

Nossa receita em 2015 foi recorde. A tendência é de que 2016 também seja alto. O orçamento de 2017 foi aprovado em R$ 328 milhões. Muito importante ressaltar que não estamos conseguindo descentralizar nossa fonte de receita somente com a cota de TV. Explico: quanto mais recursos, de diferentes de fontes, melhor. A receita do futebol profissional deu um salto grande, as cotas e premiações em 2016 serão ainda maiores, tanto pelo incremento da Globo, como pela premiação das competições.

Esse ano teremos o resultado do exercício de 2016. Particularmente, estou curioso para ver como os cofres respiraram sem a grana (ou grana parcial) da Dry wolrd e com muitos craques (leia-se salário alto) no elenco. Vendemos Jemerson,Giovanni Augusto e André no início do ano. Douglas Santos foi vendido no meio do ano. No orçamento aprovado em novembro há uma previsão de faturar com tv e premiações cerca de 173 milhões. Hoje, entrando nas competições, o Galo já tem garantido 105 milhões. (clique e veja)

Se vai ser bom o balanço do Galo referente a 2016? A conferir...

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