A certeza do incerto move o Atleticano

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22/09/2016 - 09:42

FOTO: BRUNO CANTINI

Ah, Atlético. Certeza única, paixão de milhões, desperta a loucura de muitos, arrasta multidões e faz de uma Massa sofrida feliz, se aliando a ela desde os momentos mais difíceis, até aos momentos em que a alegria transborda tudo e qualquer coisa.

Que atleticano nunca disse que largaria o vício? Se fosse um simples cigarro seria mais fácil. O Galo está além de um vício, já ultrapassou esta barreira, já venceu esta circunstância. O Galo é a bebida com a qual o atleticano quer embriagar-se, é a droga com a qual o atleticano quer ter uma overdose, é a certeza mais incerta que aqueles que vestem alvinegro gostam de ter. O Atlético é o amor que não machuca, é a mentira que nunca será descoberta, é o olhar perdido no horizonte que a outros encontra e os torna felizes.

Verdade seja dita, o Atlético é diferente. É mais do que palavras, vai além de um oceano, alvinegro, é claro, no mundo do atleticano não há espaço para o azul. O Galo é sim, é não, talvez seja a alma que ainda não escolheu aquele espelho que lhe refletirá e então escolheu aquela legião de malucos para que juntos lhe representasse.

O Galo é preto, é branco, é amarelo, é pardo. É homem, mulher, criança, idoso. É quem o atleticano quer ser. É o amor resumido a um grito de GALO, é uma razão resumida em um ato de acreditar, é o consolo do homem traído, é o apoio da mulher largada. O Atlético ultrapassa barreiras, faz o SER aliar-se ao QUERER, faz as veias discordarem do sangue que um dia ousou a ser vermelho, faz o coração pulsar mais forte e a vida tornar-se alvinegra.

E o vento está desistindo, as tempestades estão a vir com menor frequência, o Galo tá se encontrando cada vez mais. Desde as mágicas de um Bruxo, os milagres de um Santo, a classe de um Rei. Desde a confiança de duas torres, as ordens de um General e as mordidas de um Pitbull. O Galo mudou, mas a paixão de sua massa continua sincera.

Se for pra ser, será. Que seja sofrido, na marra, afinal, o atleticano nasceu pra sofrer e entoar o famoso “Eu Acredito”, o atleticano nasceu para crer no impossível. Acredita, porra!