Um curso de reciclagem pra MASSA!

Acabou-se a fase de grupos e agora a porra ficou séria.

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25/04/2016 - 21:26

Acabou-se a fase de grupos e agora a porra ficou séria. Vamos pro mata-mata e logo de cara batemos de frente com o tradicionalíssimo Racing Club de Avellaneda. Não teria pra onde correr a partir de agora. Exceto o Dep. Táchira, que também não pode ser ignorado por "não ter camisa" afinal está nas oitavas, não havia outra opção de adversário que não fosse gigante ou muito difícil. Então, porque não o Racing?

Inclusive, vai ser ótimo pra MASSA ver o GALO sendo pressionado fora de casa por uma torcida como a do Racing. Creio que isso irá resgatar, pelo menos um pouco do que a gente sempre foi capaz de fazer pelo GALO nas arquibancadas. Espero!

Sou um simpatizante da "Acadê" e não é simplesmente ser "baba ovo de argentino" não! Curto mesmo a história do clube. Quando soube de como o Racing foi literalmente salvo por sua torcida, dediquei mais atenção à história desse povo, e aí velho, não tem como não admirar. Eles são fodas mesmo.

Pra não dizerem ainda que eu sou paga pau dos hermanos, acrescento outro clube cuja atitude da torcida me chamou a atenção: Os Rangers da escócia, que da mesma forma, estiveram sempre ao lado do clube sem titubear mesmo na sua fase mais triste. Eu realmente curto essas histórias. Me identifico muito com casos como esses. E o fato de eu me identificar com torcidas que simplesmente apoiam seu clube independente de qualquer coisa não é atoa, nós vivemos isso. Foi justamente com a MASSA que eu aprendi que fazer isso é muito foda!

Na pior temporada da história do GALO, estivemos lá ao lado dele! Lotando o estádio, apoiando, fazendo muita festa, trazendo o time de volta ao seu lugar e chamando mais uma vez a atenção do Brasil por ostentar as maiores médias de público em todas as divisões em 2006. O que não seria nenhuma novidade, se não fosse o ano em que disputamos a série B.

É óbvio que recentemente, perdemos muito da essência de estar ao lado do time incondicionalmente. Inclusive, isso virou um termo pejorativo dentro da MASSA. Os "apoio incondicional" são atualmente sinônimo de uma torcida que não queria ver o time campeão a alguns anos atras, como se o apoio e a cantoria incessante na arquibancada fizesse mal aos jogadores em campo e as vaias é que motivassem nossos soldados (e general). Não concordo com isso e nunca vou achar legal fazer parte de uma torcida simpatizante, ou como dizem por aí, "exigente".

E esse vai ser esse o maior benefício de pegarmos o Racing pela Libertadores, principalmente por vermos no primeiro jogo a torcida deles pressionando os nossos jogadores e empurrando o time deles pra cima do GALO.
Se isso não despertar em nós o sentimento de vingança, de querer fazer mais no jogo de volta, não nos fizer prometer que aqui em casa, seja o Horto ou o Mineirão, a gente vai fazer pior, não sei mais o que poderá motivar nossa torcida.

Não tenho dúvida de que podemos voltar ao que éramos, e justificar o medo ou o respeito que a torcida do Racing mostrou ao se confirmar o confronto. Mas existe um risco enorme de, dependendo do resultado, povoarmos a arquibancada de analistas e técnicos amadores, inflamados e cobrando do técnico e jogadores, um possível (e natural) insucesso na Argentina.

Que Deus nos livre disso, mas infelizmente, dependendo do resultado é o que pode acontecer!

Como naqueles filmes de guerra medieval ao estilo Coração Valente, quando uma multidão de soldados se confronta com o exercito inimigo, trazemos as nossas bandeiras e nossa história de torcida insana. O que causa o temor do inimigo quando nos vê à distância. Mal sabem eles, que observando de longe eles não conseguem ouvir que nosso sangue no olho não é o mesmo de antes, e hoje, ao invés de focar no inimigo, estamos questionando a estratégia dos nossos comandantes em pleno campo de batalha, pressionado e incomodando os nosso próprios soldados.

Nossa função não é escolher adversário, e durante o jogo não é escalar jogador ou pensar nas substituições. Mas fazer qualquer batalha pelo maior título do continente em casa ser um tormento pro inimigo. O papel da arquibancada é tirar o raciocínio do adversário tamanha pressão!

Pressão que no Cilindro é certa, e que isso faça a diferença pra que enfim, a MASSA veja como é assustador para qualquer time, ser pressionado por uma torcida como a gente sempre fez com quem veio jogar contra o GALO.

A partir de agora não tem jogo nem adversário fácil! Que venha qualquer um!