Sem barranco, aos trancos e areias

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23/04/2012 - 18:12

DSC05662 300x225 - Sem barranco, aos trancos e areiasO jogo era válido pela semifinal, mas Atlético e Tupi passaram a sensação que aquela partida era continuação do zero a zero da semana anterior. O Atlético não queria testar uma zaga reserva e entrou com Pierre e Leandro Donizete, seus dois volantes de marcação mais intensa, ao contrário de Soutto, que apesar de ter feito bons jogos como titular, não tem essa característica. Do outro lado, o Tupi sabia que enfrentava a camisa do Galo e preferiu não arriscar. Na Arena do Jacaré prevejo uma retranca ainda maior, com o time “carioca” apostando somente nos contra-ataques.

Retranca, palavra que os Atleticanos, assim como eu, têm associado sempre ao técnico Cuca. Porém, ontem não culpei o treinador. O Galo criou chances, mas foi a turma da frente que pecou no último passe, no cruzamento, nas finalizações. Aliás, se o treinador de goleiros quer trabalhar com a cabeça dos arqueiros, que o Galo faça o mesmo com a turma da frente, que treme para chutar no gol.

Quem não tremeu foi Danilinho, que peitou o time do Tupi inteiro, mesmo quando o adversário tinha quase o dobro do tamanho. Junto do baixinho, Pierre e Richarlyson também jogaram água na fogueira que o Tupi queria acender. Levar dedo na cara e falar grosso com o adversário às vezes é necessário, não abaixa a moral do time, acorda a equipe, mas é preciso fazer também contra outros times, que atualmente só ganham abraços quando nos provocam.

DSC05531 300x225 - Sem barranco, aos trancos e areiasProvocação que aconteceu também nas arquibancadas. A corda que separava as duas torcidas testemunhou músicas, cartazes e gritos interessantes entre os roceiros e cariocas. Gosto dessa provocação sadia, brincadeira entre cartazes, o futebol é isso, uma provocação, rivalidade que fez até a semi-final ficar mais empolgante. Que os Atleticanos recebam os cariocas em Minas com respeito, pois em Juiz de Fora, apesar das brincadeiras, fomos bem recepcionados pela turma adversária.

Ainda sobre o jogo, vale destacar que Richarlyson, assim como no clássico, demonstrou vontade e corrigiu alguns erros do último jogo. Na defesa, se muitos Atleticanos defendem que Lima merece mais chances, o jogo de ontem pode ter engrossado o pedido dessa turma. Quando o Galo ia para o ataque, observei o zagueiro que procurava organizar a marcação todo o tempo. Creio que ele não fique para o Brasileirão, por isso lamentei após o jogo, já que é um bom reforço para o elenco.

Que venha o Goiás, que venha o Tupi! Chegou a hora de crescermos diante de qualquer adversário, afinal só as taças nos interessam. As taças do futebol, que é o nosso esporte, a nossa paixão. Vida longa ao gramado onde entra a camisa Atleticana, local de comemorar as vitórias e lamentar as derrotas sem fugir para outras quadras.

Saímos de Juiz de Fora aos trancos e areias, pois praia não tem barranco. Agora a casa é nossa e a Massa entra em campo! Solta as feras...

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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*Fotos: André Luiz 

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