Opinião | E a base, vem como?

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27/01/2021 - 20:10

“E a base, vem como?”, é a questão levantada por muito torcedor alvinegro durante o tempo que se joga futebol: no sub-17; sub-20. Embora não tenha havido a Copa São Paulo de Futebol Júnior nesta temporada atípica, dois campeonatos devem ser analisados como parâmetro para esta avaliação: o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

Isto porque algumas peças (tanto já utilizadas como jogador profissional assim como destaque da base) merecem destaques individuais, em específico por setores: meio campo; ataque e zaga; além claro, dos goleiros – quem, afinal, não lembra do Cleiton sendo utilizado por ter um bom posicionamento e, pior: jogar bem com os pés?

Rendeu bom fruto ao cofre alvinegro (5 milhões em um goleiro, sim, é de fato, rentável).

Durante a competição, o jogador Iago, zagueiro; vem compondo e auxiliando na marcação assim como chegando à área, na surdina. É participativo nos lances ofensivos, mas também seguro no tempo de bola. Wesley, o meio-campista, é uma joia que pode ser lapidada aos poucos por Jorge Sampaoli, no entanto, o argentino não carece de camisas oito, e sim de 10 e 9, o “ponto-chave” neste momento.

Echaporã (que tem como característica o drible e a individualidade) pode acrescentar no estilo de jogo argentino; assim como o artilheiro Guilherme Santos, com 14 gols pelo sub-20. Mas são garotos; precisam ser utilizados em campanhas que não o queimem, como o Campeonato Mineiro.

Apesar de falarmos sobre os jogadores de linha, temos que prezar pelos arqueiros. Jean deixou a grande área após fratura no nariz e não voltou nas fases derradeiras do Brasileirão; Gabriel Delfin foi relacionado para os jogos de mata-mata, e, com segurança fez defesas importantes: duas vezes, em jogos distintos, defendeu os pênaltis que poderiam ter mudado o rumo do Galinho nas competições. Reza, então, a lenda que um bom time se inicia com um bom goleiro.

Todo cuidado é pouco!

Mas todo cuidado é pouco. Por não estar preparado psicologicamente, os “crias da base” precisam ser lapidados. Exemplo disso é o Marquinhos que durante uma boa parte do campeonato teve bom rendimento, porém o rendimento caiu nas últimas partidas em que foi relacionado. Savinho vem atuando esporadicamente no profissional. O treinador argentino tem o utilizado pouco, pois sabe que não está preparado. Porém, como todo treinador erra, em alguns jogos não rendeu o esperado. Pode ser questão de tempo.

Assim, entre a experiência e a juventude, é concordável dizer que alguns exemplos de jogadores podem, de fato, assumir o posto no time principal.